
ANÁLISE
Nuclien
Por António Branquinho a
Nuclien da Springloaded chega à eShop da Switch e apesar do jogo ter sido originalmente lançado em 2012, em nada denota a sua idade. Mesmo sendo completamente desnecessária, a verdade é que Nuclien tem uma história onde o jogador assume o papel de um engenheiro que está a tentar reconstruir a vida após o fim do Universo conhecido. O jogo é assim baseado no protagonista que tenta descodificar o ADN de forma a poder reconstruir as já conhecidas formas de vida.
No fundo, e dispensando a história, a função do jogador é ir tocando numa sequência de números (literalmente tocando, já que este jogo apenas pode ser jogado em modo portátil) ao longo de cinco mundos que se distinguem pelas regras que orientam essa acção. Enquanto no primeiro mundo basta tocar nos números o mais rapidamente possível, no segundo já tem que se seguir uma ordem crescente quando se toca nos números que vão estar dentro de quadrados. O terceiro mundo exige o inverso, tocar nos números seguindo uma ordem decrescente mas os números estão dentro de círculos. No quarto mundo encontra-se um misto de números, onde tanto aparecem quadrados de ordem ascendente como círculos de ordem descendente. O quinto mundo apenas é desbloqueado após terminar todos os outros quatro mundos e aqui tudo o que se pensava saber é posto de pernas para o ar, já que os números em quadrados e em círculos tão depressa devem ser tocados em ordem ascendente como em ordem descendente dentro do mesmo nível. E se os primeiros quatro mundos já tinham alguns níveis desafiantes, este quinto mundo vai pôr o jogador à prova.Obviamente que todos os erros são punidos com um corte de tempo e se este se esgota, o jogador perde o nível. Sendo que nos níveis iniciais de cada mundo a perda de tempo é relativamente pequena, enquanto que nos níveis finais um erro pode significar o fim. Para ajudar, o jogador vai ganhando pontos de conhecimento ao longo dos níveis que podem ser trocados por mais tempo ou por um maior bónus na obtenção desses pontos. Na realidade, após terminar o jogo (o que pode ser feito em pouco mais de uma hora pelos jogadres mais hábeis), poucos incentivos há para voltar a jogar. Existe um modo de desafios sem tempo limite que apenas serve para tentar bater os melhores tempos mas sem sequer uma tabela classificativa online e desperta muito pouco, ou nenhum, interesse.
Conclusão
Nuclien é um jogo de puzzles que exige rapidez de reflexos e de pensamento e não deixa de ser uma experiência interessante e agradável. Peca somente pela rapidez com que é terminado e pelo facto de não haver qualquer tipo de incentivo para o voltar a jogar.
O melhor
- Original
- Desafiante sem se tornar frustrante
O pior
- Demasiado curto
- Falta de tabelas online
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Springloaded.