
ANÁLISE
Dead or Alive: Dimensions
Por Fábio Pereira a
3DS
Aos olhos dos ocidentais, os ninjas são adversários temíveis, verdadeiros mestres da dissimulação furtiva que dominam as artes ancestrais do ninjutsu, sempre em desvantagem numérica mas nunca desarmados. Aos olhos de Tomonobu Itagaki, são sexy o suficiente para integrar um elenco cheio de sensualidade. É com base nestes dois prismas que nasce Dead or Alive, uma autêntica novela de shinobis fugitivos com muita acção e meninas bonitas à mistura. A série surge pela primeira vez numa consola Nintendo em jeito de resumo, antes de avançar para novos rumos.
Dead or Alive: Dimensions reúne num único cartucho o maior plantel de personagens DoA até hoje. As estreias são poucas mas os veteranos estão todos de volta para gáudio dos fãs e encanto daqueles que pela primeira vez contactam com os rostos que fizeram a história da série. Para recebê-los com pompa, a Tecmo esmerou-se na apresentação de Dimensions. Graficamente soberbo, até para os primeiros tempos de vida da 3DS, é um admirável exemplo do esforço que conduziu o visual a um patamar acima da média, mesmo que um ou outro pormenor possa arreliar os mais perfeccionistas. A nível de conteúdo também não poderíamos ficar mais satisfeitos, havendo aqui muito sumo para espremer.
Dead or Alive: Dimensions reúne num único cartucho o maior plantel de personagens DoA até hoje. As estreias são poucas mas os veteranos estão todos de volta para gáudio dos fãs e encanto daqueles que pela primeira vez contactam com os rostos que fizeram a história da série. Para recebê-los com pompa, a Tecmo esmerou-se na apresentação de Dimensions. Graficamente soberbo, até para os primeiros tempos de vida da 3DS, é um admirável exemplo do esforço que conduziu o visual a um patamar acima da média, mesmo que um ou outro pormenor possa arreliar os mais perfeccionistas. A nível de conteúdo também não poderíamos ficar mais satisfeitos, havendo aqui muito sumo para espremer.

Os novos episódios desta novela de shinobis.
O modo principal é um relato de todos os acontecimentos dos jogos anteriores, respondendo a algumas questões que ficaram no ar e tapando uns quantos buracos deixados pelo caminho. A história gira em torno de clãs ninja, organizações com fins duvidosos e tentativas de clonagem. No principal quarteto de ninjas conta-se com a presença de um famoso lobo solitário que muitos conhecem de outras paragens. Ryu Hayabusa faz parte deste elenco e o seu destaque é merecido. A forma como os eventos são relatados não prejudica em nada a percepção do enredo que, sem ser excepcional, consegue captar a atenção. E é bom que assim seja, porque os cinco capítulos são mais passados a ver vídeos do que a lutar. Apesar de tudo, é de louvar o esforço da produtora em criar uma boa experiência visual em 3D. Uma nota para o facto de as cenas não decorrerem todas com base no motor do jogo. Algumas são imagens sobrepostas, com várias camadas a fim de criar uma maior ilusão do efeito 3D. Mas se a consola reproduz 3D na sua totalidade, porquê esta medida? As equipas precisam de mais tempo para criar mais e melhores sequências em vídeo 3D? De qualquer maneira, não choca e o efeito até é agradável.
Neste modo foram incluídos tutoriais para que os jogadores percebam melhor como funciona o esquema de combate, que não é propriamente famoso pela fiabilidade com que recompensa a nossa perícia. Dead or Alive funciona com dois botões de ataque (murros e pontapés), um para agarrar e outro de defesa/contra-ataque, inseridos num sistema de triângulo ao estilo de pedra-papel-tesoura. As características de uma portátil condicionam muitas vezes uma boa performance neste campo para beat ‘em ups, mas visto ser um jogo relativamente leve a nível de “timing” e combos, não prejudica muito o nosso desempenho. A Tecmo ainda “tentou” facilitar colocando a lista dos ataques de cada personagem no ecrã inferior, estando sempre a um ecrã de distância para ser consultada. E caso necessitemos, podemos tocar nessa combinação para a personagem a executar automaticamente. Na prática o caso é um pouco mais complicado, dada a velocidade a que decorrem os combates. Torna-se quase impraticável estar a recorrer à lista para procurar um ataque em especifico. E seria óptimo para consultas rápidas, não tivesse a lista por vezes vontade própria que a faz mudar de página por capricho. E lá estamos nós à procura novamente.
Neste modo foram incluídos tutoriais para que os jogadores percebam melhor como funciona o esquema de combate, que não é propriamente famoso pela fiabilidade com que recompensa a nossa perícia. Dead or Alive funciona com dois botões de ataque (murros e pontapés), um para agarrar e outro de defesa/contra-ataque, inseridos num sistema de triângulo ao estilo de pedra-papel-tesoura. As características de uma portátil condicionam muitas vezes uma boa performance neste campo para beat ‘em ups, mas visto ser um jogo relativamente leve a nível de “timing” e combos, não prejudica muito o nosso desempenho. A Tecmo ainda “tentou” facilitar colocando a lista dos ataques de cada personagem no ecrã inferior, estando sempre a um ecrã de distância para ser consultada. E caso necessitemos, podemos tocar nessa combinação para a personagem a executar automaticamente. Na prática o caso é um pouco mais complicado, dada a velocidade a que decorrem os combates. Torna-se quase impraticável estar a recorrer à lista para procurar um ataque em especifico. E seria óptimo para consultas rápidas, não tivesse a lista por vezes vontade própria que a faz mudar de página por capricho. E lá estamos nós à procura novamente.

Graciosidade feminina.
Depois de inteirados da história, há muito mais para fazer. Os clássicos modos Arcade e Survival foram repartidos em grupos com diferentes níveis de dificuldade, incentivando a voltar para completar mais desafios. Outro modo que já acompanha Dead or Alive desde o segundo capitulo é o famoso Tag Team. Nestes combates o jogador entra em confrontos de duplas, podendo trocar a meio do combate e efectuar alguns ataques em equipa. No entanto, ao contrário do que tem sido habitual, encontrámos uma infeliz contrapartida. Nos jogos anteriores controlávamos ambas as personagens da equipa, e neste apenas podemos controlar o primeiro, ficando o segundo a cargo da inteligência artificial. Talvez as limitações do espaço tenham condicionado este factor, mas é realmente decepcionante ver este modo castrado desta forma. Ainda para mais com a vertente de missões tão interessante que foi criada para Dimensions, em que enfrentamos adversários muito mais poderosos que a nossa equipa.
O modo multijogador, além de local, viaja também pelas ondas do online. Embora parco em opções, não deixa de ser uma inclusão agradável. Podem participar em combates com pessoas de todo o mundo ou apenas da região em que se encontram. Aqui a estabilidade varia um pouco, sendo que fica tudo mais fluido se entrarem em confrontos com pessoas na Europa, ou afectado por lag com pessoas de outros cantos do planeta. O facto de o 3D activado afectar pela negativa a velocidade do jogo contribui para piorar a situação, mas nada como nos rendermos e desligar o efeito. Mesmo assim é um modo que puxa pelo jogador para treinar as suas capacidades com adversários reais. Depois dos combates são atribuídos pontos que aumentam ou diminuem o rank, mas fora isso não existem mais opções de destaque, não sendo possível repetir o combate, por exemplo. É um modo versus online muito directo, mas que poderia ter maior valor de personalização. Já o StreetPass guarda a informação das tácticas utilizadas pelos jogadores com quem nos cruzamos, para depois adaptar nos modo a solo simulando o comportamento do jogador.
O modo multijogador, além de local, viaja também pelas ondas do online. Embora parco em opções, não deixa de ser uma inclusão agradável. Podem participar em combates com pessoas de todo o mundo ou apenas da região em que se encontram. Aqui a estabilidade varia um pouco, sendo que fica tudo mais fluido se entrarem em confrontos com pessoas na Europa, ou afectado por lag com pessoas de outros cantos do planeta. O facto de o 3D activado afectar pela negativa a velocidade do jogo contribui para piorar a situação, mas nada como nos rendermos e desligar o efeito. Mesmo assim é um modo que puxa pelo jogador para treinar as suas capacidades com adversários reais. Depois dos combates são atribuídos pontos que aumentam ou diminuem o rank, mas fora isso não existem mais opções de destaque, não sendo possível repetir o combate, por exemplo. É um modo versus online muito directo, mas que poderia ter maior valor de personalização. Já o StreetPass guarda a informação das tácticas utilizadas pelos jogadores com quem nos cruzamos, para depois adaptar nos modo a solo simulando o comportamento do jogador.

Ridley surge como convidado na arena de Metroid.
Ao longo de todos estes combates vão ainda reunir algumas figuras que ascendem a um total impressionante de 999, mais umas quantas que deverão ser distribuídas por download, e puxar pela vossa incansável veia de coleccionismo. Depois podem tirar algumas fotos com elas, alterando os cenários, mas infelizmente sem a opção de misturar diferentes figuras. Além disso, têm ainda fatos para desbloquear que rapidamente se tornam num vício de alta-costura. Menção honrosa para o campo sonoro, talvez dos melhores trechos musicais que integraram um Dead or Alive, com temas únicos para cada personagem e uma sonoridade fantástica.
Conclusão
Dead or Alive: Dimensions revela-se uma excelente adaptação da série a uma portátil. Não goza da legião de fãs como alguns títulos de casas como a Capcom ou Namco, ainda assim é um beat ‘em up sólido e capaz. O elevado número de conteúdo a desbloquear e modos de jogo ajudam a esticar a duração do jogo que de outro modo ficaria algo limitado. Actualmente afirma-se como uma das melhores propostas para a vossa 3DS, por razões que vão para além de um par de atributos femininos.
O melhor
- O maior rol de lutadores DoA
- Visualmente soberbo
- Imenso conteúdo variado
- Controlos competentes
- Inclusão de batalhas online...
O pior
- ...algo limitadas
- Fluidez das lutas afectada pelo 3D
- Dificuldade média/reduzida