
ANÁLISE
Mario Party 2
Por Diogo Caeiro a
Mario Party não será estranho a ninguém que tenha possuído uma consola Nintendo desde a Nintendo 64. Mario Party consiste na disputa entre jogadores num tabuleiro onde se compete numa grande variedade de minijogos de curta duração. Existem no total dez jogos da série principal e visto que o último é um exclusivo Wii U, será que existem muitas razões para adquirir Mario Party 2? A resposta é afirmativa, para quem goste particularmente da série.
Mario Party 2 apresenta-se de forma simples e rápida: quatro jogadores (controlados pelo jogo ou por jogadores reais) vão lançar o dado e percorrer tabuleiros de jogo únicos, cada um com uma temática diferente. Em cada tabuleiro joga-se por turnos de forma a acumular o maior número de moedas possíveis, moedas essas que podem ser ganhas de diversas formas, como através de eventos específicos no tabuleiro ou minijogos. Nesses eventos é também possível receber estrelas escondidas ou perdê-las por culpa do Bowser, algo que adiciona um factor de imprevisibilidade tal como acontece num verdadeiro jogo de tabuleiro. Em seguida, o objectivo é trocá-las por estrelas sempre que possível, dado que o título de vencedor é atribuído a quem tiver o maior número de estrelas durante a partida. É um conceito simples e felizmente que assim é, pois complexidade não é algo que se deseje para um jogo deste género. Mesmo assim, uma partida de Mario Party 2 não é tão linear como pode inicialmente parecer. Para além de ser importante ficar bem classificado em cada minijogo, existem ainda itens que se podem comprar na loja ou que podem ser concedidos ao longo do jogo. Desde um lançamento adicional a roubar uma estrela de um adversário, existem várias possibilidades e é importante usar estes itens da melhor forma possível, seja para virar o jogo a favor do jogador ou apenas para aumentar a vantagem no momento certo.Há uma grande quantidade de minijogos para experimentar e grande parte deles tem temáticas bem diferentes, mesmo que na jogabilidade sejam por vezes bastante semelhantes. No máximo duram alguns segundos e são, na maioria, desprovidos de qualquer complexidade mas muito divertidos e integram-se perfeitamente no espírito do jogo. É também possível comprar minijogos individualmente de forma a jogá-los sem a necessidade de iniciar uma nova partida num tabuleiro, um toque muito bem-vindo para quem tenha encontrado um minijogo de que goste muito e que queira repetir imediatamente.
Tecnicamente encontra-se um pouco datado quando comparado com jogos da série mais recentes mas o seu uso de cores e estilo visual continuam bastante agradáveis ao olhar, mesmo nos dias que correm e têm um certo charme que falta a muitos jogos de hoje em dia. Mario Party 2 é igualmente competente no campo sonoro, que cumpre o seu papel apresentando melodias divertidas e com vivacidade de modo a acompanhar o que ocorre no ecrã, mesmo que não sejam algo de memorável.
O maior apelo de Mario Party 2 passa em jogá-lo em companhia, dada a sua natureza não será tão divertido jogado a solo, já que aí não existe aquela interacção entre jogadores característica dos jogos de tabuleiro convencionais e Mario Party 2 não é diferente. É possível que certas partidas se tornem monótonas ao jogar sozinho, principalmente porque vai parecer uma experiência mais fabricada e prevísivel do que quando vivenciada com amigos
Conclusão
Para fãs do género que tenham quem os possa acompanhar numas partidas, Mario Party 2 é difícil de não ser recomendado. Mesmo existindo vários jogos da série mais recentes compatíveis com a Wii U, este segundo título mantém muito do charme original da série e conta com bastantes minijogos divertidos que prometem boas sessões em frente à televisão.
O melhor
- Grande leque de minijogos
- Tabuleiros de jogo únicos
O pior
- Não é tão divertido a solo
- Possibilidade de jogar jogos da série mais recentes na consola
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Wii U, gentilmente cedido pela Nintendo.