
ANÁLISE
Sweetest Thing
Por Ruben Abreu a
Sweetest Thing é um jogo que chega à Wii U depois de passagens discretas pelos sistemas móveis e pelo PC. Tal como em vários títulos existentes no formato móvel, em Sweetest Thing o jogador tem de juntar recursos através do toque fazendo uma gestão desses recursos e do tempo de forma a cumprir os objectivos para a conclusão dos níveis.
O enredo, como é comum nos jogos vindos do formato móvel, existe mas apenas para marcar presença. Ao iniciar Sweetest Thing o jogador pode ver uma pequena cena animada com texto que explica que a Candy Land foi destruída por formigas e que a sua função é reconstruí-la. Tanto as animações como os gráficos em geral são bonitos e coloridos. O jogo vem com o texto em português do Brasil, o que poderá ser uma mais-valia para os mais novos e inclui ainda um sistema de conquistas para os mais dedicados. Infelizmente o não apresenta muito mais virtudes que se possam apontar. A jogabilidade é a típica de jogos do género: os jogadores têm um tempo para cumprir os objectivos propostos e é a rapidez e a ordem como executam as tarefas que determinam o seu sucesso ou insucesso. Com o avanço no jogo, a dificuldade vai aumentando mas ao longo dos mais de 40 níveis o jogo pouco muda, sendo acrescentadas algumas características mas nada que dê um toque diferente à jogabilidade. Existe uma barra no fundo do ecrã que oferece alguns bónus, como a possibilidade de parar o tempo. Alguns objectos especiais escondidos podem ainda ser descobertos pelos jogadores. Em termos de jogabilidade, é um jogo simples sem grandes ideias novas e que leva o jogador a maior parte das vezes a um ciclo de tentativa e erro para encontrar a forma de superar os níveis.Sweetest Thing apresenta três modos, um modo normal, um modo multi-tap e um modo sem medidor de tempo. O modo normal e multi-tap pouco diferem. A única diferença está na possibilidade de dar mais do que uma ordem aos trabalhadores no modo multitap. Já o modo sem medidor de tempo é pouco interessante e retira muito do desafio do jogo. Em termos da oferta musical, Sweetest Thing tem melodias repetitivas e pouco memoráveis. Contudo, o maior problema do jogo reside sobretudo na visível falta de cuidado na conversão para a Wii U. Nota-se desde o primeiro contacto que este é um jogo feito para o formato móvel a ser jogado na consola, pelo que a escolha da Wii U em detrimento da 3DS poderá não ter sido a melhor. O jogo é controlado na sua totalidade através do toque e nem o botão + pausa o jogo como seria natural, tendo de se recorrer a um minúsculo botão no ecrã de toque. Os jogadores em Sweetest Thing raramente vão olhar para a televisão, já que toda a acção decorre no ecrã do GamePad e à velocidade que ela se desenrola, não oferece a necessidade nem oportunidades de olhar para o ecrã da televisão.
Conclusão
Curto, repetitivo e sem grande originalidade, Sweetest Thing é um jogo que soma as suas deficiências a uma escolha de plataforma Nintendo, questionável para um jogo claramente desenhado para o segmento móvel. Com a oferta disponível e a preços mais interessantes, Sweetest Thing é um jogo difícil de recomendar até para os fãs do género.
O melhor
- Gráficos bonitos
- Traduzido para português
O pior
- Curto
- Repetitivo
- Conversão sem tratamento
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Wii U, gentilmente cedido pela Joindots.