
ANÁLISE
King Oddball
O Rei e um calhau.
Por António Branquinho a
A 10tons já trouxe vários jogos interessantes à eShop da Switch e King Oddball é mais um. À primeira vista muitos podem julgar que se trata de um simples clone de Angry Birds e descartá-lo de imediato mas a verdade é que King Oddball não merece esse destino. King Oddball não deixa de ser um jogo de resolução de puzzles através da física em que o objectivo é apenas destruir os tanques, helicópteros e soldados inimigos que estão no ecrã protegidos por algumas construções mas todo o sistema de progressão, de "achievements" e de modos extra tornam o jogo único e interessante.
O jogador encarna King Oddball e nada sabe acerca do enredo a não ser que é preciso matar tudo o que vê à frente. Isto faz-se com um simples toque num botão que liberta a pedra que se está a segurar na língua e que está constantemente a ser balançada. Assim que o jogador pressiona o botão, a pedra segue o movimento pendular no qual se encontrava, definindo assim a sua trajectória. Ao atingir três inimigos com uma única pedra ganha-se uma nova pedra para atirar. Se a pedra ressalta e bate na cabeça do protagonista (que no caso de King Oddball, é todo o corpo) ganha-se uma pedra nova e por vezes, por motivos difíceis de descortinar, King Oddball agarra com a língua o botão de pausa ou outra imagem do ecrã e usa-a igualmente como pedra de arremesso.A grande diferença neste jogo está na progressão. O jogador avança numa grelha e a cada vez que termina um nível representado como um quadrado da grelha, libertam-se os níveis adjacentes a esse quadrado. Para além disso, pode-se desbloquear modos de jogo distintos onde tem que se vencer uma série de níveis usando granadas e as suas explosões em vez das pedras ou onde se tem apenas uma pedra para matar todos os inimigos, ou outro ainda onde tem que se tentar acabar os níveis sem usar a última pedra (que naquele caso é um diamante). Para além disto, o jogo foi recebido pelo FNintendo na altura do Halloween e estava repleto de ilustrações alusivas à data: King Oddball tinha uma cabeça de abóbora e foi possível desbloquear um conjunto de níveis específicos, o que leva a crer que outras alturas festivas possam também ter o mesmo tratamento por parte deste jogo.
A dificuldade segue um bom nível de progressão, sendo que poder saltar um nível para o tentar mais tarde é uma vantagem que não deve ser menosprezada. Em termos de longevidade, King Oddball ainda permite jogar umas boas horas antes de se terminar e quem quiser completar os "achievements" deve preparar-se para o jogar muito mais tempo. Claro está que este é um jogo que é melhor aproveitado em modo portátil (não que se jogue mal na televisão) e em curtos espaços de tempo.
Conclusão
King Oddball não tenta ser mais do que é, um jogo simples com uma jogabilidade simples para começar mas difícil de dominar. Este é um jogo que vai entreter nos períodos de tempo em que se usa a Switch como portátil para preencher quinze minutos e para isso este jogo é ideal, porque o que faz fá-lo bem.
O melhor
- Diferentes modos de jogo
- Consegue ser distinto num género dominado por clones
O pior
- Não vai converter quem não aprecia o género
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela 10tons.