
ANÁLISE
Cooking Mama 3
Por Fábio Pereira a
Ao primeiro contacto temos um visual muito colorido e infantil com personagens de grandes olhos e que reagem com aquelas expressões chibi tipicamente japonesas. E mesmo quando estamos a cozinhar todos os utensílios, ingredientes e preparados têm um aspecto anime. Excepto quando acabamos a receita e a imagem da refeição surge mais realista e quase nos deixa água na boca. É engraçado o facto da Mama estar sempre presente no ecrã superior e como estamos perto do Natal ela surge perto de um pinheiro decorado e vestida com um fato de Pai Natal. Podem posteriormente mudar a sua roupa com peças que vamos desbloqueando.


Não convém jogar de barriga vazia.
Passando às receitas em si, temos diversos modos de jogo, todos eles com a mesma base de confeccionar pratos mas com objectivos diferentes. Cooking with Mama, é basicamente o modo principal onde desbloqueamos novas receitas consoante a nossa performance a preparar um cozinhado, os outros modos são derivados desse mesmo. Podemos cozinhar para agradar a outras personagens, misturar alimentos e ver no que vai dar e ainda um modo para praticar a nossa técnica ao desempenhar algumas funções como partir os ovos ou cortar legumes. São estas as vertentes do jogo passadas na cozinha e aquelas a que o jogo se propõe. Como para cozinhar são preciso ingredientes também podemos ir ao supermercado que não é mais que um mini-jogo onde andamos com a Mama a recolher os produtos mas sempre com atenção para evitar as outras pessoas e os promotores que nos tentam impingir aquelas promoções manhosas, atirando produtos para o nosso carrinho ou obrigando-nos a provar amostras. Os controlos neste modo são péssimos, a personagem não responde correctamente ás nossas indicações e torna-se frustrante estar constantemente a repetir os mesmos mini-jogos.


Afinal ir ás compras não é assim tão divertido.
Consoante o nosso desempenho são nos atribuídos bónus que dão acesso não só ás já referidas roupas da Mama mas também a cores para personalizar a nossa cozinha. Podemos registar os nossos feitos num diário, mas isso não é mais do que guardar a foto do prato e depois colar uns autocolantes na imagem, o que faz disso mais uma galeria do que um diário. O jogo mesmo tendo uma quantidade de vertentes variada a forma como se joga é basicamente sempre a mesma, todas as receitas que precisem de arroz, ovos, legumes ou outros são sempre confeccionados do mesmo modo tornando o jogo mais que repetitivo, mas na realidade acontece o mesmo por isso acaba por ser algo fiel. A única diferença é mesmo a falta do aroma natural da comida que desperta o apetite. Ainda que seja possível que se irritem com os comentários da Mama que mais parece uma mulher russa a falar inglês.
Quinhentas gramas de receitas novas, meio-litro de mini-jogos e uma pitada de visuais anime, misturem tudo e têm um videojogo com um sabor que apenas agrada aos fãs da série ou a quem realmente gostar mesmo muito de cozinhar. O pouco conteúdo que tem de novidade em relação aos anteriores jogos da série não compensa se já tiverem jogado um dos anteriores, se este é o primeiro então experimentem que pelo menos é uma experiência diferente do habitual. Não fosse o facto de ser para a DS e quase se poderia dizer que esta terceira entrada é um daqueles conteúdos extra por download que não dão mais que um par de horas de jogo adicional. Um esquema que já enjoa e não dá vontade de repetir.
O melhor
- Perfeito para quem gosta de cozinhar
- Visuais divertidos
O pior
- Nada de novo em relação aos anteriores
- Repetitivo e com modos pouco variados