
ANÁLISE
Fatal Fury 3: Road to the Final Victory
Por Fábio Pereira a

Geese Howard não tão poderoso como costuma ser.
Os ataques estão dispostos em quatro botões, coincidindo com dois murros e dois pontapés que alternam entre fraco e forte. Depois, conforme a direcção para a qual se movem, conseguem movimentos com velocidades e alcance diferentes, obrigando a perceber quais os que têm maior prioridade. Mas não pensem os fãs Capcom que as noções de Street Fighter os vão fazer sentir em casa, pois muitos dos especiais e encadeamentos têm execuções diferentes.

Esta característica deu origem a outras técnicas ofensivas e defensivas, tornando os combates substancialmente mais dinâmicos, com imensas animações detalhadas de um 2D tipicamente anos 90. Um pormenor interessante é que por vezes o golpe final do combate atira o adversário contra algum elemento do cenário, como por exemplo este ir contra o tecto ou cair para o fundo de um lago.
O elenco de personagens varia entre algumas populares e outras que só os fãs deverão conhecer. Os artistas da casa como Bob Wilson, Hon-Fu, Franco Bash, Blue Mary e Sokaku Mochizuki marcam estreia e podem contar também com os veteranos como Terry, Joe, Andy, Geese ou Mai que já tiveram participações em outros títulos como a série King of Fighters. O modo principal é encadeado com algumas sequências de história, porque a SNK sempre teve o cuidado de dar aos jogadores alguma razão para andar à pancada, e aqui o grande vilão acaba por se revelar o maníaco Ryuji Yamazaki e os gémeos Jin Chonrei e Jin Chonshu.
Cada um destes lutadores tem o seu respectivo tema musical e a banda sonora é boa, mas não chega aos calcanhares dos clássicos temas de Street Fighter. Quanto ao plano visual, tem interesse se tivermos em conta a época em que foi lançado, e a SNK sempre nos habituou ao melhor.

Fatal Fury 3: Road to the Final Victory no seu todo não é um mau jogo. Prova ser um bom desafio para dominar na perfeição, se gostarem mesmo do género e perderem muitas horas de treino. Infelizmente esta conversão é demasiado antiquada e a falta de opções fazem com se torne uma escolha muito específica. Alguns títulos da Virtual Console podiam e deviam ter novas opções, especialmente este género que tão bem se adapta à competição online. Como entrada no serviço de distribuição digital a Nintendo podia exigir que os jogos fossem mais do que simples ports, ainda para mais tendo em conta o preço de algum deste software, como é o caso dos jogos da Neo Geo. Um preço elevado para um jogo de nicho, diga-se. Se forem realmente fãs é um excelente Fatal Fury. Caso procurem apenas experimentar as pérolas da SNK, ficam melhor servidos com um SNK Arcade Classics.
O melhor
- Dinâmica dos combates
- Grafismo 2D
- Dificuldade proporciona um bom desafio...
O pior
- ...mas pode afastar alguns jogadores
- Longevidade limitada
- Créditos limitados