
ANTEVISÃO
Jogo de tabuleiro original regressa em Super Mario Party
Expectativas em alta.
Por André Reis a
Super Mario Party foi uma total surpresa pela positiva, pois parece que a fórmula da série Mario Party foi reinventada em algo realmente inovador e verdadeiramente único em certos aspectos.
Em primeiro lugar foi mostrado o modo de equipas, jogado num mapa com o Rei Bob-Omb no seu centro. O mapa em si não se assemelha a nenhum tipo de tabuleiro, sendo apenas um mapa mais aberto com algumas moedas e objectivos distribuídos. O mais interessante neste modo é a falta de uma estrutura de mapa linear, cada jogador individual pode dirigir-se para onde lhe apetecer, tornando a estratégia de grupo para juntar moedas e estrelas muito mais variada e interessante. Novo para este Mario Party é também a adição de dados especiais únicos por personagem que apresentam alterações com mais risco de falhar, mas com recompensas melhores: desde um dado com números mais altos ou com números médios em prol de não ter muitos números mais altos. Estes dados apresentam alguma variedade para as tácticas de jogo e podem até ser factores decisivos para a escolha inicial da personagem, visto que qualquer personagem tem a sua especialidade e pode haver mais maneiras de atingir, com mais ou menos rapidez, o objectivo final de colecionar mais estrelas que o adversário.
No mapa apresentado, Toadette aparecia num local aleatório e a equipa que chegasse ao seu quadrado primeiro receberia a estrela. Ao terminar o turno, há sempre um minijogo, todos totalmente novos e utilizam ao máximo o potencial do Joy-Con: desde pedalar um triciclo, a fritar um bife, existe imensa variedade nova com bastante criatividade em cada um dos novos minijogos.Fora do modo equipa é que Super Mario Party conseguiu impressionar. Juntando duas consolas com o jogo pode-se criar um ecrã unificado, abrindo as portas a todo um mar de novas ideias que podem ser exploradas desta forma. Primeiro foi apresentado um simples jogo de padrões com vários padrões de bananas, em que o objectivo era corresponder o padrão correcto entre as duas consolas utilizando os dois ecrãs tácteis, um tipo de jogabilidade nunca antes experimentada em consolas deste tipo e que abre caminho para muitas soluções criativas em jogos de “tabuleiro” fora de um ecrã de televisão. A aplicação prática deste método de utilização das consolas viu-se num modo de batalha de tanques com uma perspectiva vertical em que o mapa era formado pelos dois monitores, independentemente da maneira como eram ligados. É possível ter as consolas em paralelo ou perpendiculares e passando o dedo entre as duas, cria-se uma ligação pela qual os jogadores podem passar.
Esta aplicação, se mais tarde explorada por outros jogos, pode dar asas a um novo tipo de jogos estilo “party”. A aposta na criatividade que a Nintendo anda a empregar com a Switch, seguindo-se ao fabuloso Labo, mostra que a fabricante está sempre a equacionar o que fazer de novo com a sua pequena caixa maravilha.
Expectativa