
ANÁLISE
Donkey Kong Country
Paixão por bananas.
Por Ivan Lopes a
Em 1994 a Nintendo tomou uma das melhores decisões da sua já longa vida, deixar que a companhia britânica Rareware ficasse encarregue de trazer ao mundo uma nova aventura do gorila mais famoso dos videojogos, dando origem ao magnifico Donkey Kong Country para a SNES, o jogo que deu início a uma divertida trilogia que conta as aventuras da família Kong. E acima de tudo, foi o jogo que catapultou a SNES a níveis nunca antes vistos num jogo de 16 bits, aumentando assim as esperanças de vida da mesma.
A história do jogo tem lugar na ilha de Donkey Kong, onde um crocodilo de nome King K. Roll rouba todas as bananas do nosso macaco preferido, deixando este totalmente furioso com a situação. E graças a este acontecimento, Donkey Kong lança-se numa aventura para recuperar o seu tesouro, e com ele irá o seu grande amigo Diddy Kong, que irá acompanha-lo ao longo de seis mundos repletos de inimigos, segredos e muitas armadilhas que farão com que passem boas horas de diversão até chegarem ao fim deste excelente jogo. Mas antes de iniciarmos a nossa aventura teremos a nossa disposição 3 diferentes modos de a contemplar: um modo para um só jogador, o modo "Two player contest" na qual cada jogador terá a sua própria dupla de personagens, e ainda o modo "Two player team" no qual ambos os jogadores formarão uma dupla, ficando cada um responsável ora por Donkey Kong ou por Diddy Kong.
Durante o jogo teremos então dois personagens sob o nosso comando, Donkey Kong e Diddy Kong, os quais poderemos ir trocando no decorrer de qualquer nível, bastando para tal apertar o botão Select do vosso Classic Controle ou Z no caso de jogarem com um comando da GameCube para fazerem a mudança de um para o outro. Enquanto controlamos um, o outro ficará sob um segundo plano sem intervir no desenrolar do jogo, apenas intervindo quando o personagem que está a ser controlado for atingido por algum inimigo, levando-nos automaticamente a controlar o gorila secundário. Além disso, poderemos utilizar os dois personagens para alcançar objectos mais altos com apenas carregar no botão A em qualquer um dos comandos, fazendo com que o gorila secundário suba para as costas do outro, lançando-o dessa maneira para locais mais altos e lograr apanhar objectos que a partida pareciam inatingíveis. Não é a toa que a Rareware decidiu inserir uma dupla para este jogo. Mas não pensem que Donkey Kong contará apenas com a ajuda de Diddy, pois no decorrer da aventura ele terá a ajuda de diversos animais que terão um papel importante em diversos níveis, como por exemplo, o rinoceronte Rambi onde a velocidade e a força serão imagem de marca, o sapo Winky que permitirá chegar a locais bastante altos, e o peixe espada Enguarde que será de enorme ajuda nos níveis subaquáticos.Quanto ao esquema do jogo, este consiste em seis mundos, no qual cada um será composto por um número de fases a serem percorridos, um ponto para salvar o nosso jogo com a bela Candy Kong (Namorada de Donkey Kong), outro para pedir conselhos ao velho e sábio Cranky Kong (O pai de Donkey Kong) e ainda teremos o Funky Kong, que nos permitirá utilizar um avião para viajar para mundos em que já estivemos anteriormente. Em cada uma das fases deveremos encontrar um determinado número de bónus para que no fim do jogo tenhamos a mítica percentagem de 101%. E Como seria de esperar, ao completar cada mundo teremos de enfrentar um boss final.
Donkey Kong chama atenção em muitos aspectos, e o primeiro deles é que trouxe uma grande revolução gráfica ao ser o primeiro jogo para uma consola de 16 bits a utilizar uma componente gráfica capaz de produzir modelos 3D renderizados ao qual foi chamado na altura de ACM (Advanced Computer Modeling), permitindo recriar cenários ricos em detalhe, tais como o céu, nuvens, chuva com relâmpagos, tempestades de neve e texturas metálicas. Já os personagens tiveram também um tratamento especial, os quais possuem belos efeitos de animação com movimentos bastante realistas, dando para notar, por exemplo, os músculos das pernas de alguns personagens a mexerem-se quando estes começam a correr ou mesmo andar. Um mimo para os olhos, um jogo que consegue puxar ao máximo o poder da SNES, e o melhor de tudo, sem quebras no decorrer do jogo.
Destaque ainda para os efeitos sonoros que foram muito bem trabalhados, desde explosões, barris a partirem-se, o som dos inimigos quando morrem, o som dos gorilas, etc.. E além do mais, temos o som ambiente, por exemplo, numa fase dentro de uma caverna, as vozes dos gorilas e dos inimigos farão eco. Nas fases de chuva ou de neve, é possível ouvir o som da tempestade, e se lançarmos um barril de ferro na neve o som será mais abafado. A banda sonora do jogo é igualmente bela, diria das mais belas feita para um jogo da era 16 bits.
Conclusão
Em suma, se gostas de jogos de plataformas 2D não quererás perder esta grande aventura por apenas 800 Wii Points.
O melhor
- Tecnicamente fabuloso
- Banda sonora espectacular
- A novidade de trazer uma dupla como personagem
O pior
- Longevidade podia ser maior