
ANÁLISE
ROCKETSROCKETSROCKETS
Voar e disparar.
Por Nuno Nêveda a
Um título com uma palavra repetida três vezes é revelador do que se pode esperar. ROCKETSROCKETSROCKETS não tem receio em mostrar ao que vem, "rockets", "rockets" e mais "rockets" (mais concretamente, mísseis). Contudo isto inclui limites óbvios e o jogo esgota-se rapidamente devido à escassez de conteúdo e poucos motivos de interesse para jogadores a solo, mas vamos por partes.
No seu cerne ROCKETSROCKETSROCKETS baseia-se em batalhas rápidas e descomplexadas onde se pode e deve utilizar mísseis contra os inimigos. Encontram-se ainda minas penduradas e bombas que caem e deixam um rasto de destruição. Nas batalhas existem três vidas a defender, sendo que podem ser perdidas se os ataques forem mal calculados. Numa reinante simplicidade, embora com uma curva de dificuldade relativamente alta por causa do controlo dos mísseis, tudo se resume a disparar os projécteis e a colocar minas, navegando pelos cenários e usando um escudo para proteger o veículo dos ataques dos adversários. Rapidamente se nota a pouca profundidade na jogabilidade e artificialmente dificultada por um controlo algo deficiente dos mísseis.Existem quatro opções de mísseis para jogar ao longo de seis níveis. As escolhas dos projécteis variam em função de características como a velocidade de movimento, por exemplo. No modo principal pode-se jogar com dois a quatro jogadores, que podem ser desde apenas uma personagem controlada por um jogador e as restantes pelo jogo ou mais jogadores humanos. Não falta ainda um modo torneio. Mais curioso e relaxante é o "Zen Mode", que na verdade apenas serve para o jogador desfrutar dos cenários geométricos e ouvir a banda sonora.
Esta obra da Radial Games tem alguns ambientes visuais minimalistas de razoável qualidade, embora estejam longe de aproveitar o potencial da Nintendo Switch, com efeitos néon e uma banda sonora a condizer. Funciona bem quando jogado no ecrã da Switch mas pede o uso de um ecrã de maiores dimensões de forma a contemplar da melhor forma as batalhas rápidas e frenéticas.
Conclusão
Mesmo a um preço baixo e com algumas valências interessantes, ROCKETSROCKETSROCKETS não consegue atingir o patamar dos jogos recomendáveis. Jogado a solo é muito monótono e a diversão só se encontra quando jogado com amigos. O seu potencial fica ainda mais limitado pela pouca profundidade da experiência e ausência de opções online.
O melhor
- Visuais competentes e banda sonora a condizer
- Alguma diversão multijogador
O pior
- Jogabilidade pouco profunda
- Desinteressante a solo
- Torna-se saturante
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Evolve PR.