
ANÁLISE
Homo Machina
Interior do corpo humano.
Por Pedro Mesquita a
Homo Machina tem uma premissa interessante. À semelhança de Get Out da Pixar, neste jogo o corpo humano é controlado por pequenas personagens, todas elas responsáveis por uma secção diferente e com o objectivo (de forma simplificada) de informar como o corpo humano trabalha, até para realizar as suas tarefas mais simples.
Esta obra coloca o jogador encarregue de fazer um corpo humano funcionar. Durante os três capítulos encontram-se situações para resolver de maneira a desempenhar algumas tarefas do quotidiano, como por exemplo abrir os olhos ou comer o pequeno-almoço. Embora o jogador nunca vá ficar preso em nenhum momento, sendo todos eles bastante simples, não deixam de ser interessantes já que são todos originais e raramente se repetem ao longo do jogo.Com um ambiente visual 2D bastante colorido e que salta à vista, a direcção artística de Homo Machina é um dos seus melhores pontos, bem como o seu sentido de humor. Várias vezes as interacções entre as pequenas personagens são bastante cómicas e toda a situação do controlo do corpo humano é repleta de momentos únicos.
Rapidamente se chega ao fim do jogo, já que Homo Machina apresenta uma duração de apenas uma hora. Outro dos pontos menos conseguidos está relacionado com a conversão do jogo para a Nintendo Switch. Originalmente lançado para dispositivos móveis, a sua conversão exige que o jogador coloque a portátil numa posição vertical e permite apenas usar o ecrã táctil para interagir com o jogo. Para jogar no ecrã de televisão tem de se usar o ponteiro, sendo bastante difícil de avançar e nega quase que por completo esta segunda possibilidade.
Conclusão
Embora com uma premissa interessante Homo Machina peca por ser demasiado curto e por os seus "puzzles" serem demasiado simplistas, nunca desafiando os verdadeiros adeptos do género.
O melhor
- Direcção artística
- Conceito
O pior
- Curto
- "Puzzles" simplistas
- Controlos
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela ONE PR Studio.
12 de Maio, 2019, 23:53