
ANÁLISE
Zombie Driver Immortal Edition
Condução pós-apocalíptica.
Por Sérgio Mota a
Inicialmente lançado para PC, Zombie Driver tem vindo a receber actualizações visuais e inclusões de novos modos de jogo. Chega agora à Switch sob o nome de Zombie Driver - Immortal Edition uma versão que se assume como definitiva, contendo todo o conteúdo disponível até à data e adicionando-lhe a versatilidade da consola.
Com três modos de jogo distintos o maior destaque vai para o modo campanha, onde sem qualquer tipo de contexto o jogador é colocado num cenário apocalíptico rodeado de mortos-vivos. A partir daí vai ser preciso completar uma série de missões, desde resgate de reféns e eliminar hordas de zombies a confrontos com "bosses" finais. As mecânicas de condução não trazem nada de novo e consistem no habitual deste tipo de jogos. A condução nocturna é uma variante interessante, limitando a área visível ao alcance da luminosidade dos faróis da viatura. Quanto ao combate, este realiza-se através das mecânicas de impacto do veículo e armamento que pode ser apanhado no terreno e é a vertente menos bem conseguida do jogo. É extremamente difícil apontar de forma eficaz e é frequente desperdiçar munições, o que acaba por dar primazia ao ataque directo. Os "bosses" finais apresentam um grau de dificuldade interessante mas sem qualquer profundidade de combate. O nível de dificuldade do jogo é globalmente elevado e a variedade de missões e direcção artística ajudam a mitigar o carácter repetitivo, mantendo assim o interesse do jogador. Visualmente apresenta-se próximo dos padrões contemporâneos do género, sobressaindo nos efeitos meteorológicos e variações entre dia e noite. A possibilidade de melhorar o veículo traz um valor adicional e dá motivação para eliminar zombies em troca de dinheiro, o que vai permitir actualizar o armamento e visual.A modalidade "Blood Race" transforma a experiência num simples simulador de condução competitiva com vários torneios disponíveis, uma mudança interessante de rumo do jogo e que aproveita o seu potencial ao máximo. Estão aqui presentes várias opções, sendo que chegar em primeiro lugar nem sempre é o único objectivo, podendo depender de missões secundárias. Se num jogo tão completo em opções a ausência de uma componente multijogador salta à vista, este modo em particular ganharia bastante com essa componente. Por fim existe um modo denominado "Slaughter", que se apresenta como um modo baseado na sobrevivência a hordas de inimigos ao longo de sete arenas. De salientar que mesmo em momentos com hordas numerosas e combate intenso, o jogo mantém-se estável e sem quebras de fluidez, seja no ecrã da Switch, seja num ecrã de televisão.
Conclusão
Zombie Driver surpreende pela variedade de conteúdo. Com três modos de jogo totalmente distintos mas que partilham as mesmas mecânicas, consegue camuflar de forma eficiente o seu formato repetitivo. O seu imenso conteúdo desbloqueável e inúmeras possibilidades de personalização fazem de Zombie Driver um jogo a ponderar para apreciadores do género que não façam das componentes multijogador uma prioridade.
O melhor
- Versão repleta de conteúdo
- Vários modos de jogo
O pior
- Falta de opções multijogador
- Ausência de capacidades online
- Mecânicas de combate desafinadas
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela PR Outreach.