
ANÁLISE
Overwatch: Legendary Edition
Herói caído.
Por Pedro Mesquita a
Overwatch viu a luz do dia em 2016 e foi elogiado pela crítica e jogadores, muito por causa da sua jogabilidade que apelou tanto aos jogadores que procuravam uma experiência mais simples como aos mais competitivos. A Blizzard manteve o seu apoio ao jogo, nomeadamente com mapas novos, personagens e desenhos para estas. Chega agora a versão para a Nintendo Switch, que infelizmente e para além dos problemas técnicos que acarreta chega demasiado tarde, já que há bastante tempo que vários jogos da concorrência estão presentes nesta plataforma.
Overwatch é um jogo na primeira pessoa competitivo e de base online com muito ênfase na cooperação. Cada jogador controla uma de trinta e uma personagens disponíveis, cada uma com as suas mecânicas que entram em três categorias gerais: tanques (personagens com uma defesa mais capaz), ataque (personagens cuja função é eliminar as personagens da outra equipa) e de apoio (personagens que curam e melhoram os outros jogadores). Os jogadores têm de cooperar para ser bem sucedidos.Visualmente Overwatch na Nintendo Switch apresenta bons pormenores, embora se verifique uma descida nas capacidades gráficas comparativamente com as restantes versões. Nada de alarmante mas a redução dos fotogramas por segundo, passando de 60 para os 30 num jogo tão rápido como Overwatch tem o seu impacto e é uma das maiores desilusões nesta conversão (isto sem referir jogos do mesmo género que correm sem problemas a 60 fotogramas por segundo). Já a sonoridade é algo de destaque pela positiva. A banda sonora inclui composições de grande qualidade, com uma referênçia para o tema principal. Para além disso todas as personagens foram vocalizadas num trabalho de imensa qualidade nas mais variadas línguas, incluindo português (do Brasil).
Os controlos por movimentos são um exclusivo da versão Nintendo Switch de Overwatch, ajudando o jogador a realizar pequenos ajustes através do movimento dos Joy-Con de forma idêntica aos controlos de Splatoon 2. Os jogadores com preferências mais convencionais podem desligar esta função. Infelizmente esta versão é amaldiçoada por outro tipo de problemas. Além da já referida descida de 60 para 30 fotogramas por segundo, em momentos mais caóticos o desempenho pode descer ainda mais e prejudicar a fluidez do jogo. Por vezes também ocorrem erros visuais, como personagens que não aparecem ou até que caem no meio do cenário. É também importante referir que sendo este um jogo exclusivamente online (com excepção de um modo de treino) e a Nintendo Switch uma plataforma com ênfase nas experiências portáteis, é necessário ter sempre uma boa ligação à internet para usufruir do jogo, o que acaba por eliminar a experiência de o poder levar para todo o lado.Sempre que o jogador suba de nível é recompensado com uma caixas de objetos, onde se incluem desde grafites a novas deixas para as personagens, bem como novos desenhos para estas. Embora estas caixas sejam aleatórias, todos os objetos ganhos são cosméticos e não conferem qualquer vantagem aos jogadores. Ao longo do ano a Blizzard organiza ocasiões exclusivas onde os jogadores podem experimentar novos modos e obter objetos exclusivos. Como nota final resta apenas referir que não existe transferência de outras plataformas para a Nintendo Switch, o que significa que quem comece a jogar esta versão de Overwatch vai ter de o jogar desde o início, nem será possivel convidar amigos que tenham o jogo noutras plataformas.
Conclusão
Overwatch na Nintendo Switch é a pior versão do jogo. Seja como for, continua a ser Overwatch e para os seus jogadores, abre a possibilidade de o jogar em situações mais confortáveis.
O melhor
- Overwatch portátil
- Sonoridade
- Controlos
O pior
- 30 fotogramas por segundo, que podem descer ainda mais
- Erros visuais
- Falta de compatibilidade entre plataformas
Nota: Esta análise foi efectuada com base em versão física final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Blizzard Entertainment.
20 de Outubro, 2019, 08:57