
ANÁLISE
Fight'N Rage
Da velha guarda.
Por Ricardo Vieira a
Com o título do jogo a fazer lembrar clássicos como Final Fight e Streets of Rage da idade de ouro dos "beat’em-ups" de salões de jogos, Fight N’ Rage traz à Nintendo Switch lembranças de tardes passadas a dar porrada em inimigos que pareciam não acabar. Apesar da forte dimensão nostálgica, este título da Seba Games Dev não é indicado apenas para quem passou pelos anos 80 e 90. A diversão é uma constante, embora por vezes possa ser um pouco caótico mas isso faz parte dos bons "beat’em-ups". Dar porrada em hordas de inimigos, sozinho ou acompanhado por mais um, dois ou três amigos, pressionar os botões em sequência criando combinações fatais, enfrentar os famigerados "bosses" no final de cada nível, tentar sobreviver e sem cair em ciladas. A premissa do jogo é simples, como deve ser. Existe um enredo mas este não é especialmente memorável, embora contribua para tornar a experiência melhor.
Fight’N Rage é um jogo difícil mas não frustrante, excepção feita a um dos níveis. A utilização de apenas três botões (ataque, saltar e especial) pode parecer simplista mas a combinação de golpes resultante satisfaz e embora seja fácil entrar no ritmo, é difícil dominá-lo na sua plenitude. O motor de jogo corre lindamente e os comandos respondem bastante bem. Existem alguns momentos em que se notam algumas quedas de fluidez mas são poucos e não prejudicam a experiência. O jogador sente-se sempre no controlo das personagens.
O estilo visual é igualmente reminescente da idade de ouro dos "beat'em-ups". A variedade de inimigos e cenários em conjunto com a criatividade no seu desenho é outro dos destaques. Relativamente à parte sonora, encontram-se boas composições e efeitos sonoros que combinam perfeitamente com o que vai ocorrendo no jogo. Para complementar a experiência, o jogo inclui filtros que recriam o ecrã de uma máquina de arcada.
Conclusão
No final de contas, Fight’N Rage acaba por ser curto mas existem imensos motivos para uma segunda sessão e uma terceira e uma quarta. Os conteúdos que podem ser desbloqueados são muitos e variados, adicionando motivação para não parar de jogar. Para além disso, a história apresenta caminhos alternativos, podendo ser diferentes para cada personagem, existindo até momentos em que se pode alterar o curso do enredo. Um jogo altamente recomendado, especialmente para os fãs de "beat'em-ups".
O melhor
- Mecânicas de jogo simples mas difíceis de dominar
- Variedade de conteúdos desbloqueáveis
- Finais múltiplos
- Excelente ambiente visual
- Banda sonora
O pior
- Sem modo cooperativo online
- Alguma discrepância na dificuldade de certos "bosses"
- O nível da jangada pode tornar-se demasiado irritante
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Blitworks.