ANÁLISE
Just Ignore Them
Pesadelo bem real.
Por André Pereira a
Porque é que o escuro mete medo? Será da nossa imaginação ou do monstro que se esconde nela? Para o protagonista de Just Ignore Them, o pesadelo é bem real e há que fugir do que o persegue. Para os adultos isto não é nada, mas para uma criança a noite pode demorar uma eternidade.
Just Ignore Them joga-se como se toma um simples comprimido. É curto e indolor e não chateia ninguém enquanto dura. Joga-se quase como um filme de série B e onde se pode influenciar o desenvolvimento do enredo. Também não vai ficar na memória com o seu aspecto de ter sido desenvolvido no RPG Maker, mesmo que com boas intenções. Este é um jogo de terror e para o que é, até é razoável face às ofertas de alto orçamento que por aí se encontram.
O que salta mais à vista é mesmo a direcção artística e o ambiente visual. A utilização de cores mais subtis e escuras com uma ausência de som, salvo para os momentos mais tensos, realça o ambiente de isolamento. Mas apesar da longevidade curta, instala-se uma certa frustração na hora de avançar. Os "puzzles" não são particularmente complicados, mas a falta de instruções práticas devia ter sido evitada.
Conclusão
Com uma costela de "point and click", cabe ao jogador interagir com tudo e tentar todas as possibilidades até se desenvencilhar. Isto claro, se não desistir nos primeiros minutos.
O melhor
- Estética
- Ambiente
O pior
- Não é intuitivo
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Ratalaika Games.
