
ANÁLISE
Code: Realize ~Guardian of Rebirth~
Romance e mistério.
Por André Pereira a
A Nintendo Switch e os "visual novels" combinam tão bem como esparguete e almôndegas. Tira-se a consola da base, arranja-se um cantinho e parte-se para mais uma aventura. Também se podia ler um livro mas isto é o mais próximo a que se pode chegar com o mínimo de interacção e controlo. Code: Realize ~Guardian of Rebirth~ é mais uma adição ao catálogo crescente de literatura interactiva na consola da Nintendo e outro jogo que embora pareça estar associado a um público feminino, não tem qualquer impedimento a ser jogado por toda a gente. Mesmo que o centro seja o romance com um dos cinco rapazes, a história que dá cor ao mundo é envolvente e a estética "Steampunk" é bastante atraente.
Analisar um "visual novel" é uma tarefa quase inglória: o foco está no enredo e se o jogador não gostar, não há muita razão para pegar nele. A jogabilidade é igual a todos os congéneres, com ligeiras adições e melhorias. Nesse registo, é fácil gostar do enredo, mas como não convém falar muito dele para que os jogadores possam descobrir por si mesmos, fica aqui apenas um cheirinho do que dá início à aventura: joga-se com a jovem Cardia que carrega no seu corpo um veneno letal ao simples toque (coisa que obviamente, não facilita as relações amorosas). Após uma tentativa de rapto falhada, eis que chega o galã Lupin que a salva e a leva para longe dos malfeitores. Neste jogo é possível escolher vários rumos e acções, sendo que algumas opções levam a um final de jogo precoce e a conhecer figuras conhecidas, um pouco adaptadas ao contexto (Lupin, Van Helsing, Frankenstein etc.).Esta encarnação do jogo na Switch é sem dúvida a versão definitiva do jogo. Não apresenta problemas, joga-se bem tanto numa televisão grande como no ecrã da Switch, dando uso ao ecrã táctil e aos botões convencionais. É bastante colorido, com um estilo cativante. Os diálogos e a banda sonora contribuem para um ambiente imersivo e é um prazer de jogar. Na eventualidade de se adorar o jogo, é sempre possível repetir momentos como novas opções ou conquistas amorosas, e o jogo perdoa várias repetições com a opção de avançar diálogos rapidamente.
Conclusão
Code: Realize é um jogo que promete e que cumpre. Não interessa a razão, o certo é que quem pegar nele se vai divertir. Caso contrário, há muita oferta variada dentro dos "visual novels".
O melhor
- Enredo
- Direcção artística
- Banda sonora
- Desempenho
O pior
- O género não é para todos
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Aksys Games
2 de Março, 2020, 16:46
Já tinha interesse nesta série na Vita, mas talvez experimente na Switch, sempre recebeu boas críticas :)