
ANÁLISE
Reed Remastered
Espaço virtual
Por Ricardo Vieira a
Há muito tempo, um super computador criou um misterioso mundo digital que começou a desaparecer. Numa tentativa derradeira para salvar esse mundo digital da destruição, o super computador criou uma pequena e simpática criatura chamada Reed. Ao longo de uma série de níveis repletos de armadilhas, Reed tem como objectivo apanhar cubos de informação que servem para calibrar o mundo e ajudar o super computador a reiniciar o sistema. A história de Reed Remastered tem o seu quê de interessante, mas não se espera muita complexidade. Na verdade, o jogo prima por ser minimalista em todos os aspectos. Isso pode ser bom ou mau, dependendo do ponto de vista.
Reed Remastered é um jogo de plataformas dividido por cinquenta níveis. Todos os níveis são diferentes mas baseiam-se nos mesmos princípios de jogo: evitar armadilhas e encontrar um item que possibilita abrir uma porta que leva ao próximo nível. Alguns níveis são fáceis e demoram alguns segundos, outros são bem mais difíceis. No entanto, todos eles são curtos. Sempre que Reed morre, o nível começa de início.É um jogo que pode ser jogado em sessões curtas, uma vez que não se trata de uma obra complexa nem com o perigo de se ficar perdido caso se abandone o jogo ou se opte por jogar algo diferente. Visualmente é um jogo bonitinho, com uma direcção artística interessante e engraçada, baseada no estilo conhecido como "pixel art", enquanto a componente sonora ajuda a criar um bom ambiente de jogo. Existe um certo cuidado em estabelecer um mundo digital misterioso e genuíno dentro do jogo.
Mas à medida que se avança, começam a surgir alguns problemas: Reed Remastered não tem uma dificuldade coerente, alguns níveis demoram segundos enquanto noutros perdem-se vidas apenas e só porque não se consegue ver as armadilhas. A páginas tantas, começa a parecer que não se avança no jogo não por falta de habilidade do jogador, mas porque os níveis foram mal desenhados. Para além do mais, uma vez terminado não existem motivos para o jogar novamente. O jogo também pode tornar-se repetitivo, uma vez que todos os níveis são muito parecidos entre si e a música é sempre a mesma.
Conclusão
Reed Remastered poderia ser melhor caso fosse mais consistente na dificuldade e no desenho dos níveis. É um jogo extremamente curto, que se pode terminar em menos de uma hora e a diversão que proporciona pode não ser suficiente para atrair os jogadores. Tem um certo charme, é verdade, mas isso não chega.
O melhor
- Direcção artística minimalista e interessante
- História simplista mas intrigante
O pior
- Torna-se repetitivo
- Dificuldade artificial e pouco coerente
- Muito curto
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Ratalaika Games.