
ANÁLISE
Mousecraft
Ratos e muito queijo.
Por André Pereira a
Há espaço para todo o género de jogos na Nintendo Switch: RPGs longos que duram mais de cem horas ou pequenos "puzzles" para se jogar em intervalos ratados de tempo. Não, não pedimos desculpa pelo trocadilho, é a melhor maneira de começar esta análise. Mousecraft também começa sem vergonhas com outros trocadilhos e piadas, mas fica-se por aí porque não é um jogo que precise de um enredo desenvolvido ou de proporções épicas para divertir. Só precisa de contexto, e aqui é simples: o jogador é um gato-cientista, o professor Schrödinger, que precisa de mais queijo para as suas experiências com ratinhos (claro). Após algumas chamadas e negócios dúbios, lá se consegue obter os fundos necessários para jogar todos os níveis e mais alguns.
A jogabilidade pega no conceito do clássico Lemmings, onde as criaturas andam sempre em frente e despreocupadas com a sua morte inevitável, ou em direção a um prato cheio de queijo neste caso. Mas se fosse assim tão simples… Cada nível é um "puzzle" que também vai buscar inspiração a Tetris, onde há blocos de várias formas para colocar no mapa e ajudar os roedores. Planear, rodar, destruir, voltar atrás no tempo... são ações essenciais para garantir que as três cobaias sobrevivam à viagem. Para um desafiozinho extra, recomenda-se apanhar os cristais que vão aparecendo ao longo dos níveis. Tudo isto acompanhado por animações divertidas e temas musicais alegres que não destoam do tema do jogo.
Conclusão
No que toca à diversão convém realçar que se trata de uma obra divertida se for jogada em pequenos intervalos, nos transportes, no trono ou enquanto a sopa coze, mas tem potencial para ser muito aborrecido se se passarem horas com a cara enfiada na consola sempre a fazer a mesma coisa, quais ratinhos de laboratório. Não obstante, para os jogadores que adoram quebra-cabeças, este último parágrafo não é mais do que decorativo. Mousecraft é um jogo com um saldo bastante positivo para os ratos cheios de queijo.
O melhor
- Jogabilidade divertida e intuitiva
- Ambiente visual animado
- Banda sonora
O pior
- Não é para todos
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Crunching Koalas.