
ANÁLISE
Warhammer Quest 2: The End Times
Acção e estratégia táctica.
Por Ulisses Domingues a
Não é eufemismo afirmar que a série Warhammer continua a distribuir cartadas na Nintendo Switch. Sequela direta de Warhammer Quest (lançado em Fevereiro do ano passado) Warhammer Quest 2: The End Times visa melhorar tudo o que o anterior fez de bom, inclusive ir mais longe na inspiração retirada do popular jogo de tabuleiro.
Apesar da experiência ser focada na jogabilidade, o enredo é suficientemente apelativo e pode ser explicado através da união de uma série de fações distintas para vencer um adversário muito pior. O plano para dita façanha é simples: encontrar um objecto mítico e poderoso. Certo, o enredo simples não é o ponto forte mas nem sempre tem de o ser. Toda a acção de Warhammer Quest 2 decorre em três regiões, cada uma com cerca de dez níveis, numa perspetiva de cima para baixo. Cada nível está repleto de inimigos e objectivos, e os acontecimentos do enredo são narrados no início. Periodicamente entre missões, o grupo que o jogador controla vai parar em cidades para descansar e reabastecer.
O jogador tem à escolha um sistema de pontos que pode despender para movimentar ou atacar. O combate é relativamente simples e o caminho para o objetivo é quase sempre linear, mas cada novo encontro exige sempre uma resposta mais cautelosa, pois em estágios mais tardios é necessário ter em conta mais elementos além da força bruta. Uma vez que o objetivo do combate é emular os jogos de tabuleiro, e isto aplica-se tanto para o bem como para o mal, alguns saem ao lado por insuficiência estatística, ainda que os adversários estejam frente a frente. O elemento que torna a jogabilidade mais viciante em Warhammer Quest 2: The End Times é precisamente o final de cada nível. Após cada vitória, o sistema atribui três cartas de forma aleatória, estas podem conter surpresas como armas, dinheiro e até personagens novas. Devido à brevidade com que se alcança o final de cada nível, o entusiasmo da próxima aventura instala-se na sede de querer saber como serão as próximas recompensas.
Tendo em conta que a Nintendo Switch é tão consola como portátil, surgem preocupações em ter um jogo deste calibre num ecrã tão pequeno e infelizmente, alguns desses medos concretizam-se. Certos textos esforçam demasiado a vista para se conseguir ler, o que prejudica a experiência a longo prazo. Por outro lado, o jogo pode ser inteiramente apreciado num formato portátil com a utilização de controlos táteis, sendo esta uma das melhores formas de jogar.
Conclusão
Recomendado para sessões curtas de jogo, a sequela de Warhammer Quest traz mais conteúdo sob a forma de mais armas, raças, e até uma história mais desenvolvida. Apesar de ter um sistema viciante de recompensas aleatórias, o texto durante a aventura esforça a visão no ecrã da Switch e o combate apresenta algumas falhas incompreensíveis.
O melhor
- Sistema de recompensas aleatórias
- Combate exigente em estágios finais
- Enredo superior ao do jogo anterior
O pior
- Texto pequeno no ecrã da Switch
- Falhas no combate sem nexo nenhum
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Chilled Mouse.