
ANÁLISE
Psikyo Shooting Stars Bravo
Outra colecção de outros tempos.
Por Ulisses Domingues a
Há um conhecido provérbio português que diz "não há uma sem duas, nem duas sem três". Até agora a NIS America não revelou um terceiro ou quarto compêndio do melhor que a CITY Connection dispõe mas poucas semanas depois da colecção Alpha, surge agora uma segunda de nome Bravo e esta segue a mesma fórmula: seis clássicos para gáudio dos fãs acérrimos e com vontade de poupar o massacre à carteira. Esta análise não incide sobre aspectos fora dos jogos em questão, pois tudo o resto mantém-se igual ao seu antecedente Psikyo Shooting Stars Alpha. Importa assim olhar para as seis pérolas desta colecção: Gunbird, Gunbird 2, Gunbarich, Samurai Aces Episode 1, Samurai Aces Episode 2: Tengai e Samurai Aces Episode 3: Sengoku Cannon.
Ao contrário da colecção anterior, Bravo é um pouco mais consistente nos títulos disponíveis. A primeira trilogia em destaque inicia-se com Gunbird, lançado em terras nipónicas no ano de 1994. Trata-se de um jogo divertido, muito diferente de toda a oferta mais séria na colecção Alpha, com um aspeto visual cativante, uma banda sonora mais animada que anda de mão dada com um óptimo trabalho de desenho dos níveis. Gunbird 2 constitui uma melhoria em todos os aspectos em relação ao primeiro, ainda que seja essencialmente mais do mesmo, dotado de novas mecânicas de jogabilidade uma acumulação de disparos mais fortes e um ataque de curto-alcance. Gunbarich segue um percurso diferente e aposta num cruzamento entre o que se vê no clássico Breakout e um "shoot'em up". É uma lufada de ar fresco numa colecção que, apesar de tudo o que há de bom para dizer, é legitimamente sempre a mesma coisa.
Samurai Aces é a outra trilogia em destaque, esta mais focada no Japão feudal. O primeiro episódio é um “shoot’em-up” na vertical semelhante a Gunbird. A grande curiosidade é este ser o primeiro jogo (1993) desenvolvido pela equipa PSiKYO. O segundo episódio, Tengai, é muito semelhante a Sol Divide(disponível na colecção Alpha) e prima por uma execução muito melhor e consequentemente, por uma jogabilidade muito mais divertida. O terceiro e último episódio intitula-se Sengoku Cannon, sendo o jogo menos divertido dos seis. Para além de não ser uma criação da própria PSiKYO (mas sim da X-Nauts em 2005), o seu desempenho geral é sofrível, o que torna impossível de se gostar dele.
Conclusão
Como já acontecia com a colecção Alpha, Psikyo Shooting Stars Bravo é uma óptima compilação de jogos divertidos dentro do género dos “shoot'em up”. Além dos jogos propriamente ditos, belos títulos com a excepção de Sengoku Cannon, não existem extras ou opções de renome que justifiquem a compra além dos seus fãs devotos.
O melhor
- Acção “Shoot’em up” de qualidade
- Tom alegre e colorido
- Preço vantajoso
O pior
- Desempenho fraco de Sengoku Cannon
- Sem extras ou opções de renome
- Pouco esforço na concretização da colecção
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela NIS America.