
ANÁLISE
Mekabolt
Robôs desvairados.
Por Sérgio Mota a
Mekabolt é um jogo de plataformas onde o jogador vai explorar um parque (de nome Mekapark) em busca de pilhas. O conceito é simples e segue os lugares-comuns do género. O seu estilo e direcção artística remetem para jogos "indie" conhecidos, como Mutant Mudds, sem no entanto herdar a sua ambição ou complexidade.
Com uma jogabilidade competente e um nível de exigência pouco elevado, o jogo acaba por estar mais talhado para uma faixa etária mais baixa ou para jogadores menos versados no género que procurem uma proposta que não seja demasiado extenuante. O desenho de níveis é interessante, com percursos intuitivos e acessíveis. A longevidade curta acaba por camuflar a natureza repetitiva, algo inerente ao género que representa. Os níveis apresentam boas ideias e são executados de forma exemplar, a conjugação dos elementos funciona na perfeição e a divisão é muito semelhante aos padrões utilizados nos jogos feitos para dispositivos móveis, o que torna fácil de o jogar em sessões rápidas. Os elementos sonoros surgem de forma coerente com tudo o resto, e acabam por nunca assumir um protagonismo especial.
Existem poucos elementos diferenciadores que possam destacar Mekabolt da sua concorrência bastante forte. Apesar da sua inegável competência em tudo o que se propõe fazer, não passa de uma proposta genérica, curta e cujo preço poderá afastar os curiosos em busca de obras mais ambiciosas.
Conclusão
Mekabolt é uma proposta de plataformas simples e intuitiva, voltada para um público mais jovem ou menos experiente. Apesar de ser um jogo pouco ambicioso e de executar tudo a que se propõe de forma competente, faltam-lhe elementos que lhe dêem destaque numa consola repleta de jogos de plataformas de grande qualidade.
O melhor
- Jogabilidade no ponto
- Acessível a todos os públicos
O pior
- Longevidade curta
- Poucos elementos de destaque
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Ratalaika Games.