
ANÁLISE
Super Mario Bros. 2
O baú ainda tem jogos engraçados.
Por Tiago Marafona a
A eShop da Wii U está cada vez mais recheada no que toca a títulos retro. Para aqueles que não tiveram oportunidade de jogar algumas das pérolas da Nintendo nas suas respectivas épocas, agora já não existe desculpa para não o fazer. Com o retrogaming a tornar-se um passatempo bastante dispendioso, este formato oferece a possibilidade de recordar ou simplesmente jogar pela primeira vez os jogos que reinaram noutras épocas.
O próximo jogo que chega à plataforma digital da Wii U é Super Mario Bros. 2. Lançado em 1987 no território japonês para o Famicom Disk System, chegou aos mercados norte-americano e europeu ao longo dos dois anos seguintes, mas com os argumentos suficientes para ser ainda hoje recordado. Note-se que Super Mario Bros. 2 protagonizou um dos mais estranhos casos de adaptação ao mercado por parte da Nintendo, num episódio tão estranho que hoje provavelmente não aconteceria.
Exibindo um aspecto visual diferente do predecessor, Super Mario Bros. 2 mostra criatividade e diferenças notórias a nível de jogabilidade. Poderá ser um pouco estranho dizer que existe um jogo da série Super Mario Bros. que não utilizou power-ups e saltos para esmagar os inimigos mas sim, existe mesmo. Apesar de várias novidades e algumas inovações para a altura, foi um título que nunca reuniu uma opinião consensual para os fãs do canalizador, mas algumas destas ideias que se iniciaram aqui foram um passo em frente no que seria o futuro da série Super Mario Bros.
Logo de início, a primeira coisa que salta à vista é a escolha entre quatro personagens. Ao começar cada nível, para além de Mario é também possível escolher a Princesa Toadstool (como era conhecida Peach na altura), Toad e Luigi, sendo que cada uma destas personagens possui uma habilidade especial. A mecânica de jogo torna-se completamente diferente ao escolher Luigi em vez de Mario, por exemplo. Mario é o mais equilibrado nas suas acções. Já Luigi apresenta um salto bem mais elevado e mais duradouro, mas não é fácil de controlar. A Princesa, por sua vez, é capaz de flutuar durante um curto período de tempo, o que pode facilitar em percursos onde o risco de cair é mais elevado. Por último, Toad é o mais rápido a atirar objectos contra os inimigos. Sim é verdade, em Super Mario Bros. 2 já é possível fazer isso.
A única forma de derrotar inimigos é atirar objectos contra eles ou simplesmente saltar para cima deles e atirando-os para fora do ecrã, podendo ainda lançar os objectos lançados pelos vilões. Os níveis também estão abastecidos de ervas que podem ser apanhadas, sendo que a maioria das vezes sai um legume cuja finalidade é arremessá-lo contra os inimigos. A estrutura dos níveis é também diferente comparativamente aSuper Mario Bros.. Agora existe a possibilidade de explorar os níveis não só na horizontal, mas também na vertical e o limite de tempo foi eliminado, o que é uma preocupação a menos.Os já habituais cogumelos também marcam presença mas desta vez, além de ajudar a crescer também aumentam o limite de energia da personagem, o que permite que o jogador seja atingido mais que duas vezes. Essa mesma energia pode ser recuperada com os corações que vão aparecendo pelos níveis, ou ser totalmente restaurada com apenas um cogumelo. Outra das novidades de Super Mario Bros. 2 é o boss no final de cada nível.
Super Mario Bros. 2 contém sete mundos, oferecendo assim uma longevidade satisfatória, juntamente com uma dificuldade desafiante. Não se trata de um jogo fácil para os jogadores menos experientes. Visualmente foi uma evolução razoável para os títulos da época, acompanhado de uma banda sonora que entrou facilmente nos ouvidos e ainda hoje se faz ouvir.
Conclusão
Este título é um clássico que merece uma oportunidade da parte daqueles que nunca se cruzaram com ele. Oferece uma longevidade aceitável, assim como uma dificuldade desafiante para quem gostar de jogos difíceis. Com quatro personagens à escolha, todas elas oferecem uma experiência diferente acrescentado assim uma maior variedade. No entanto, existem algumas falhas de programação que apesar de não afectarem a experiência em si, não passam despercebidas. Recomendado aos fãs do canalizador, vão sentir-se satisfeitos com esta obra.
O melhor
- Quatro personagens à escolha
- Longevidade agradável
- Banda sonora
O pior
- Pequenas falhas de programação
6 de Junho, 2013, 22:47