
ANÁLISE
Mario Tennis Open
3DS
Por Nuno Nêveda a
Mario regressa aos eventos desportivos, depois da recente incursão pelos Jogos Olímpicos de Londres. Mais uma vez pela mão da Camelot, Mario, Luigi, Bowser e companhia pegam na raquete e saltam directamente para os courts de ténis. A Camelot, que já foi responsável por anteriores Mario Tennis, tentou uma abordagem mais directa na experiência a um jogador, ignorando a componente mais RPG, se lhe podemos chamar assim.
Os modos para um jogador são simples e demasiado curtos. Temos à escolha diversas personagens, incluindo o nosso Mii (com quatro desbloqueáveis após atingir objectivos específicos). Cada uma tem as suas próprias características, onde algumas destacam-se pela rapidez e outras pela força. Entre os diversos modos, podemos realizar partidas únicas em singulares ou pares. Existem ainda os torneios cuja dificuldade aumenta ao longo da sua progressão e que podem também ser jogados em pares ou singulares. É aqui que são desbloqueados vários itens que nos vão ajudar a personalizar e evoluir o nosso Mii. Raquetes, acessórios ou até uniformes são desbloqueados durante os torneios, o que será decisivo para os modos multijogador. Mas estes objectos desbloqueados não serão usados directamente no nosso Mii. Terão ainda de ser comprados com moedas, e estas são ganhas através dos jogos especiais.
Neste último modo, existem quatro provas específicas. Uma bem conhecida é o Tiro ao Arco, que como o nome sugere, é um convite a enviar a bola através de aros que são colocados no campo adversário. No modo Tintomania, devemos devolver as bolas atiradas pelas Plantas Piranhas Tintómanas. Temos de ter em atenção para não atingir o adversário. A prova seguinte é o Puzzle Galáctico, onde devemos apanhar os pedaços de estrelas distribuídos pelo campo do adversário, mas também evitar que as bolas caiam nalguma zona onde desapareceu parte do piso. Para o fim, fica a prova mais interessante e verdadeiramente original, o Ténis Super Mario. Aqui joga-se uma espécie de Squash em que a parede é substituída por um ecrã que reproduz um nível do clássico Super Mario Bros. Quando se envia a bola de encontro ao ecrã ganhamos moedas e Power-Ups, numa progressão contínua até ao fim do nível.
Como é timbre destes jogos, a jogabilidade é marcadamente arcade. Simples, relativamente viciante e com algum desafio. Uma das novidades nos controlos é o Modo Directo, que permite usar o sensor giroscópico para controlar a personagem de forma mais acessível. Teremos apenas de nos virar para a posição mais correcta para executar as pancadas correctamente. Quando activado, este modo desliga o 3D de forma automática. Infelizmente, isto facilita em demasia o trabalho do jogador e permite ganhar os torneios sem qualquer tipo de dificuldade. Para os mais experientes, o movimento do jogador em modo manual é controlado pelo Botão Circulante. Aqui, a experiência é bastante agradável e até desafiante, dependendo obviamente da dificuldade e da prática.
As cinco pancadas disponíveis são balão, amortie, topsin, chapada ou corte. Podemos usar o botões A, B e Y para os diferente tipo de pancadas, estando o botão X definido para a pancada automática, que assume qualquer uma das outras dependendo da situação. No ecrã táctil estão colocados os diferentes tipos de pancada referidos anteriormente, representados por cores, cada uma referente a um botão ou combinação de botões. Isto está directamente relacionado com o "super poder" associado a essa cor. Existem ainda três padrões diferentes no ecrã táctil, que podem ser mudados antes de cada serviço usando os botões L e R.
Quer joguemos com o ecrã táctil, com os botões ou combinando ambos, em certos momentos surge um círculo no local em que a bola vai cair. Nesse instante, se nos posicionarmos em cima dessa marca e batermos a bola com a mesma cor representada no círculo, a bola ganha o efeito pretendido. Bola rápida, bola em arco, bola em super curva, e até uma bola lenta para apanhar desprevenidos aqueles que gostam de se manter no fundo do court. Este padrão de resposta exige reflexos rápidos e pode decidir a pontuação, mas se utilizarmos o botão de escolha automática podemos responder sempre com prontidão.
Nota-se a preocupação da Camelot em oferecer uma experiência de jogo para todo o tipo de jogadores, mas em certos momentos parece que exagerou no facilitismo. Os modos para um jogador são demasiado limitados, funcionando como um certo preâmbulo para o multijogador. Andaremos entretidos a jogar a um, enquanto desbloqueamos acessórios para meter em prática no multijogador, sendo esta a verdadeira essência do jogo.
Existem três modos multijogador em Mario Tennis Open. É possível jogar localmente com outros jogadores, onde só é necessário um exemplar do jogo. O mais interessante acaba por ser o multijogador online, em que defrontamos adversários de todo o mundo. Podemos participar em partidas de exibição com os nossos amigos ou em encontros aleatórios para o ranking, mas nem tudo são rosas no online. A atribuição de partidas não é tão rápida como deveria ser e nota-se lag em mais jogos do que deveríamos esperar.
Pior ainda, o uso do ecrã táctil foi transferido para o online, o que coloca a nossa perícia em segundo plano face às carecterísticas próprias de cada personagem. E isso é mais gritante, pois 90% dos adversários escolhem o Mii como personagem, uma vez que este tende a ser mais possante devido ao modo de edição. Também não existem torneios, nem o espírito das comunidades de Mario Kart 7. Uma pequena desilusão! O Street Pass também está presente e oferece a oportunidade de encontrar e desafiar os Miis dos adversários, sendo um complemento ao multijogador online. Aqui também se podem ganhar moedas.
Os gráficos são o que se esperaria de um jogo protagonizado por Mario, com muita cor, animações fluídas e efeitos competentes. O efeito 3D surge quase incógnito de tão insignificante que é. Os courts são retirados do universo Mario, mas sem grandes rasgos de originalidade. As músicas também estão dentro do padrão que já conhecemos das anteriores experiências desportivas de Mario e Ciª. Convém referir que o jogo encontra-se totalmente localizado para português.
Os modos para um jogador são simples e demasiado curtos. Temos à escolha diversas personagens, incluindo o nosso Mii (com quatro desbloqueáveis após atingir objectivos específicos). Cada uma tem as suas próprias características, onde algumas destacam-se pela rapidez e outras pela força. Entre os diversos modos, podemos realizar partidas únicas em singulares ou pares. Existem ainda os torneios cuja dificuldade aumenta ao longo da sua progressão e que podem também ser jogados em pares ou singulares. É aqui que são desbloqueados vários itens que nos vão ajudar a personalizar e evoluir o nosso Mii. Raquetes, acessórios ou até uniformes são desbloqueados durante os torneios, o que será decisivo para os modos multijogador. Mas estes objectos desbloqueados não serão usados directamente no nosso Mii. Terão ainda de ser comprados com moedas, e estas são ganhas através dos jogos especiais.

O regresso de Mario Tennis em formato portátil.
Neste último modo, existem quatro provas específicas. Uma bem conhecida é o Tiro ao Arco, que como o nome sugere, é um convite a enviar a bola através de aros que são colocados no campo adversário. No modo Tintomania, devemos devolver as bolas atiradas pelas Plantas Piranhas Tintómanas. Temos de ter em atenção para não atingir o adversário. A prova seguinte é o Puzzle Galáctico, onde devemos apanhar os pedaços de estrelas distribuídos pelo campo do adversário, mas também evitar que as bolas caiam nalguma zona onde desapareceu parte do piso. Para o fim, fica a prova mais interessante e verdadeiramente original, o Ténis Super Mario. Aqui joga-se uma espécie de Squash em que a parede é substituída por um ecrã que reproduz um nível do clássico Super Mario Bros. Quando se envia a bola de encontro ao ecrã ganhamos moedas e Power-Ups, numa progressão contínua até ao fim do nível.
Como é timbre destes jogos, a jogabilidade é marcadamente arcade. Simples, relativamente viciante e com algum desafio. Uma das novidades nos controlos é o Modo Directo, que permite usar o sensor giroscópico para controlar a personagem de forma mais acessível. Teremos apenas de nos virar para a posição mais correcta para executar as pancadas correctamente. Quando activado, este modo desliga o 3D de forma automática. Infelizmente, isto facilita em demasia o trabalho do jogador e permite ganhar os torneios sem qualquer tipo de dificuldade. Para os mais experientes, o movimento do jogador em modo manual é controlado pelo Botão Circulante. Aqui, a experiência é bastante agradável e até desafiante, dependendo obviamente da dificuldade e da prática.
As cinco pancadas disponíveis são balão, amortie, topsin, chapada ou corte. Podemos usar o botões A, B e Y para os diferente tipo de pancadas, estando o botão X definido para a pancada automática, que assume qualquer uma das outras dependendo da situação. No ecrã táctil estão colocados os diferentes tipos de pancada referidos anteriormente, representados por cores, cada uma referente a um botão ou combinação de botões. Isto está directamente relacionado com o "super poder" associado a essa cor. Existem ainda três padrões diferentes no ecrã táctil, que podem ser mudados antes de cada serviço usando os botões L e R.

A jogabilidade é marcadamente arcade.
Quer joguemos com o ecrã táctil, com os botões ou combinando ambos, em certos momentos surge um círculo no local em que a bola vai cair. Nesse instante, se nos posicionarmos em cima dessa marca e batermos a bola com a mesma cor representada no círculo, a bola ganha o efeito pretendido. Bola rápida, bola em arco, bola em super curva, e até uma bola lenta para apanhar desprevenidos aqueles que gostam de se manter no fundo do court. Este padrão de resposta exige reflexos rápidos e pode decidir a pontuação, mas se utilizarmos o botão de escolha automática podemos responder sempre com prontidão.
Nota-se a preocupação da Camelot em oferecer uma experiência de jogo para todo o tipo de jogadores, mas em certos momentos parece que exagerou no facilitismo. Os modos para um jogador são demasiado limitados, funcionando como um certo preâmbulo para o multijogador. Andaremos entretidos a jogar a um, enquanto desbloqueamos acessórios para meter em prática no multijogador, sendo esta a verdadeira essência do jogo.
Existem três modos multijogador em Mario Tennis Open. É possível jogar localmente com outros jogadores, onde só é necessário um exemplar do jogo. O mais interessante acaba por ser o multijogador online, em que defrontamos adversários de todo o mundo. Podemos participar em partidas de exibição com os nossos amigos ou em encontros aleatórios para o ranking, mas nem tudo são rosas no online. A atribuição de partidas não é tão rápida como deveria ser e nota-se lag em mais jogos do que deveríamos esperar.
Pior ainda, o uso do ecrã táctil foi transferido para o online, o que coloca a nossa perícia em segundo plano face às carecterísticas próprias de cada personagem. E isso é mais gritante, pois 90% dos adversários escolhem o Mii como personagem, uma vez que este tende a ser mais possante devido ao modo de edição. Também não existem torneios, nem o espírito das comunidades de Mario Kart 7. Uma pequena desilusão! O Street Pass também está presente e oferece a oportunidade de encontrar e desafiar os Miis dos adversários, sendo um complemento ao multijogador online. Aqui também se podem ganhar moedas.

Podem contar com grafismo colorido, animações fluídas e efeitos competentes.
Os gráficos são o que se esperaria de um jogo protagonizado por Mario, com muita cor, animações fluídas e efeitos competentes. O efeito 3D surge quase incógnito de tão insignificante que é. Os courts são retirados do universo Mario, mas sem grandes rasgos de originalidade. As músicas também estão dentro do padrão que já conhecemos das anteriores experiências desportivas de Mario e Ciª. Convém referir que o jogo encontra-se totalmente localizado para português.
Conclusão
Em suma, Mario Tennis Open é um trabalho competente da Camelot. Oferece momentos divertidos e é ideal para pequenas partidas de descontração. O reduzido conteúdo de jogo torna a experiência menos gratificante do que seria de esperar e o multijogador não consegue transportar o jogo para níveis qualitativos mais elevados. Por este ângulo, está longe de ser um título recomendado.
O melhor
- Jogabilidade arcade simples e divertida
- Minijogo Ténis Super Mario
O pior
- Escassos modos de jogo
- Limitações do multijogador