
ANÁLISE
Ace Combat: Assault Horizon Legacy
3DS
Por João Tavares a
A Namco Bandai não tem medo de demonstrar que está aqui para apoiar a todo o gás a nova coqueluche da Nintendo, a 3DS. Depois de trazer as séries Ridge Racer e Tales of, a NamcoBandai volta à carga com mais uma das suas icónicas séries… uma que rasgou os céus e aterrou na pista da portátil. Falamos de Ace Combat e do seu último capítulo, de nome Assault Horizon Legacy.
Neste simulador, os jogadores terão de percorrer uma série de missões baseadas na destruição de alvos estratégicos, sejam eles aéreos ou terrestres. A variedade existente de objectivos é saudável, porém a longevidade não abona a favor da campanha principal deste Ace Combat, que vos manterá ocupados durante apenas quatro horas, algo inadmissível, mesmo tendo em conta que no final são desbloqueadas novas missões de resistência.

Os controlos que popularizaram Ace Combat continuam em boa forma.
É uma pena, pois no pouco tempo que passamos atrás do nosso caça, os minutos voam e a experiência é intuitiva, graças aos controlos simples e extremamente precisos, onde entra a fantástica ergonomia do "circle pad" da consola. Mas nem tudo é um mar de rosas, uma vez que a curva de dificuldade da campanha não foi minimamente equilibrada ou estruturada. Tanto nos é oferecido o inferno nos primeiros níveis, como mais tarde ultrapassamos todas as adversidades como se de um passeio se tratasse. Exigia-se alguma lógica e um aumento progressivo das exigências, algo que está longe de acontecer, com o jogador a saltar desesperadamente de um prato para o outro numa balança desnivelada.
Para nos ajudar nas nossas tarefas, temos um hangar muito bem apetrechado com diferentes tipos de caças, cada um com características que os tornam distintos e vantajosos para determinadas tarefas. Por vezes torna-se positivo escolher uma aeronave mais robusta quando sabemos que vamos ser recebidos por uma vaga de tiroteio inimigo, e noutras terá de se optar por uma maior agilidade para efectuarmos manobras de risco com segurança acrescida. O mesmo acontece com o armamento, sendo possível escolher entre uma panóplia de mísseis cuja eficiência varia consoante os alvos sejam aéreos ou terrestres. Para além deste poder de fogo, podemos ainda contar com o auxílio de uma metralhadora que será essencial e até obrigatória em algumas missões.

Querem um boost de imersão? Activem a visão na primeira pessoa.
Todas estas compras terão de ser feitas com recurso a dinheiro que vamos adquirindo após cada missão bem sucedida, podendo este ser também investido em componentes que aumentem capacidades específicas dos aviões, como a velocidade. Para os que gostam de ser diferentes, podem ainda modificar a palete de cores dos pássaros mecânicos e assim vangloriar-se junto dos vossos amigos do "tuning".
Como já foi mencionado, os controlos são bastante precisos e ajudam muito na ligação entre jogador e caça. Temos algumas funcionalidades que jogam a favor dos menos dotados, como é o caso do piloto e manobras automáticas que poderão ser activadas depois de nos mantermos perto de um caça adversário durante um intervalo de tempo definido. Assim que enchemos a barra de proximidade, podemos então executar facilmente uma manobra que nos colocará na retaguarda do adversário, prontos para largar o nosso poder de fogo sobre ele. Quanto mais deixarmos encher essa barra de proximidade, maior será a nossa vantagem.
Como apanágio da série, a nossa capacidade de estabilização do avião será fundamental para conseguirmos fazer pontaria a caças inimigos e assim largar os dois mísseis que necessitarão de tempo para recarregar. Para aqueles que procuram uma experiência mais clássica, é possível escolher um esquema de controlo que permite um manuseamento mais completo do nosso avião.
Os que temem a solidão do céu não terão de se preocupar, pois é possível optar por ir para as missões com um companheiro a olhar pela nossa retaguarda. Estes oficiais, tal como todos os outros que vão surgindo nos diálogos das missões, são dotados de voz, embora o trabalho aqui feito seja de muito pobre qualidade. Não apenas isso, como também a variedade de diálogos é escassa e rapidamente irá cansar-nos e fazer-nos optar por voar sozinhos, só para não termos de os aturar.

Os cenários de fundo carecem de detalhe.
A música está fora do lugar e raramente combina com a acção do jogo, parecendo totalmente desenquadrada do ambiente. Fora o belo tema principal e uma ou outra faixa do jogo, a banda sonora é desmotivante e não consegue garantir a atmosfera que se pede a um jogo de combates aéreos. Contudo, e como sempre, não somos donos da razão, pelo que algumas pessoas poderão gostar do apresentado.
Posto tudo isto, resta-nos falar de uma das componentes que mais expectativa criou: a utilização do 3D. Tal como provado porPilotwings da Nintendo, os jogos com secções de voo são dos que apresentam maior potencial para a utilização desta funcionalidade gráfica. Quando funciona, o 3D deste Assault Horizon Legacy é mais uma prova disso mesmo. Porém, em muitas situações o 3D só quebra ainda mais a "frame rate" já instável do jogo. Para além deste problema, em determinadas missões vemos imagens a dobrar, o que nos leva a concluir que o 3D foi implementado de forma pouco precisa.
A acompanhar o 3D da desilusão, está um motor gráfico muito mediano que não puxa, nem de perto, pelas capacidades da consola. Os aviões carecem de detalhe e podemos ver alguns erros, como aviões inimigos que atravessam montanhas como se nada fosse. Apesar de existirem bons pormenores, como as nuvens e o calor da saída de combustível, os cenários deitam tudo a perder, especialmente os urbanos, onde parece ter sido colada uma foto de satélite do Google Maps.
Neste simulador, os jogadores terão de percorrer uma série de missões baseadas na destruição de alvos estratégicos, sejam eles aéreos ou terrestres. A variedade existente de objectivos é saudável, porém a longevidade não abona a favor da campanha principal deste Ace Combat, que vos manterá ocupados durante apenas quatro horas, algo inadmissível, mesmo tendo em conta que no final são desbloqueadas novas missões de resistência.

Os controlos que popularizaram Ace Combat continuam em boa forma.
É uma pena, pois no pouco tempo que passamos atrás do nosso caça, os minutos voam e a experiência é intuitiva, graças aos controlos simples e extremamente precisos, onde entra a fantástica ergonomia do "circle pad" da consola. Mas nem tudo é um mar de rosas, uma vez que a curva de dificuldade da campanha não foi minimamente equilibrada ou estruturada. Tanto nos é oferecido o inferno nos primeiros níveis, como mais tarde ultrapassamos todas as adversidades como se de um passeio se tratasse. Exigia-se alguma lógica e um aumento progressivo das exigências, algo que está longe de acontecer, com o jogador a saltar desesperadamente de um prato para o outro numa balança desnivelada.
Para nos ajudar nas nossas tarefas, temos um hangar muito bem apetrechado com diferentes tipos de caças, cada um com características que os tornam distintos e vantajosos para determinadas tarefas. Por vezes torna-se positivo escolher uma aeronave mais robusta quando sabemos que vamos ser recebidos por uma vaga de tiroteio inimigo, e noutras terá de se optar por uma maior agilidade para efectuarmos manobras de risco com segurança acrescida. O mesmo acontece com o armamento, sendo possível escolher entre uma panóplia de mísseis cuja eficiência varia consoante os alvos sejam aéreos ou terrestres. Para além deste poder de fogo, podemos ainda contar com o auxílio de uma metralhadora que será essencial e até obrigatória em algumas missões.

Querem um boost de imersão? Activem a visão na primeira pessoa.
Todas estas compras terão de ser feitas com recurso a dinheiro que vamos adquirindo após cada missão bem sucedida, podendo este ser também investido em componentes que aumentem capacidades específicas dos aviões, como a velocidade. Para os que gostam de ser diferentes, podem ainda modificar a palete de cores dos pássaros mecânicos e assim vangloriar-se junto dos vossos amigos do "tuning".
Como já foi mencionado, os controlos são bastante precisos e ajudam muito na ligação entre jogador e caça. Temos algumas funcionalidades que jogam a favor dos menos dotados, como é o caso do piloto e manobras automáticas que poderão ser activadas depois de nos mantermos perto de um caça adversário durante um intervalo de tempo definido. Assim que enchemos a barra de proximidade, podemos então executar facilmente uma manobra que nos colocará na retaguarda do adversário, prontos para largar o nosso poder de fogo sobre ele. Quanto mais deixarmos encher essa barra de proximidade, maior será a nossa vantagem.
Como apanágio da série, a nossa capacidade de estabilização do avião será fundamental para conseguirmos fazer pontaria a caças inimigos e assim largar os dois mísseis que necessitarão de tempo para recarregar. Para aqueles que procuram uma experiência mais clássica, é possível escolher um esquema de controlo que permite um manuseamento mais completo do nosso avião.
Os que temem a solidão do céu não terão de se preocupar, pois é possível optar por ir para as missões com um companheiro a olhar pela nossa retaguarda. Estes oficiais, tal como todos os outros que vão surgindo nos diálogos das missões, são dotados de voz, embora o trabalho aqui feito seja de muito pobre qualidade. Não apenas isso, como também a variedade de diálogos é escassa e rapidamente irá cansar-nos e fazer-nos optar por voar sozinhos, só para não termos de os aturar.

Os cenários de fundo carecem de detalhe.
A música está fora do lugar e raramente combina com a acção do jogo, parecendo totalmente desenquadrada do ambiente. Fora o belo tema principal e uma ou outra faixa do jogo, a banda sonora é desmotivante e não consegue garantir a atmosfera que se pede a um jogo de combates aéreos. Contudo, e como sempre, não somos donos da razão, pelo que algumas pessoas poderão gostar do apresentado.
Posto tudo isto, resta-nos falar de uma das componentes que mais expectativa criou: a utilização do 3D. Tal como provado porPilotwings da Nintendo, os jogos com secções de voo são dos que apresentam maior potencial para a utilização desta funcionalidade gráfica. Quando funciona, o 3D deste Assault Horizon Legacy é mais uma prova disso mesmo. Porém, em muitas situações o 3D só quebra ainda mais a "frame rate" já instável do jogo. Para além deste problema, em determinadas missões vemos imagens a dobrar, o que nos leva a concluir que o 3D foi implementado de forma pouco precisa.
A acompanhar o 3D da desilusão, está um motor gráfico muito mediano que não puxa, nem de perto, pelas capacidades da consola. Os aviões carecem de detalhe e podemos ver alguns erros, como aviões inimigos que atravessam montanhas como se nada fosse. Apesar de existirem bons pormenores, como as nuvens e o calor da saída de combustível, os cenários deitam tudo a perder, especialmente os urbanos, onde parece ter sido colada uma foto de satélite do Google Maps.
Conclusão
Os fanáticos pela aviação constituem o único público capaz de espremer a diversão da dura casca de Ace Combat: Assault Horizon Legacy. A sumarenta e característica jogabilidade de Ace Combat está toda aqui, mas envolta de inúmeros problemas que ditam a muito mediana qualidade geral deste título da série da NamcoBandai. Um grafismo banal, um 3D problemático e a fraca performance musical são alguns dos problemas que fazem com que este jogo não tenha a imersão desejável, juntando-se ainda a escassa longevidade que vos dará pouco valor pelo dinheiro despendido. Ace Combat merece melhor e a 3DS também.
O melhor
- Controlos fluidos e intuitivos, característicos de Ace Combat
- Boa variedade de aviões e apetrechos
O pior
- Número escasso de missões
- Curva de dificuldade sem equilíbrio
- Efeito 3D com alguns problemas
- Modo multjogador inexistente, StreetPass/SpotPass ignorados