
CRÓNICA
Especial Pokémon - Geração IV
Recorda os jogos que introduziram a quarta geração Pokémon.
Por Pedro Meleiro a
Pokémon Diamond e Pearl foram os títulos que marcaram o início da quarta geração da série, mas com ela veio também uma nova consola, dado o sucesso do Game Boy Advance ter ficado aquém do atingido pela sua antecessora. Estamos em 2007 e a portátil da Nintendo de dois ecrãs e com sensibilidade ao toque deixava já antever que se iria tornar num enorme fenómeno. Como não podia deixar de ser, Pokémon voltaria a ser um dos grandes catalizadores desse sucesso.
Mais uma vez, o salto a nível técnico foi bastante satisfatório e trouxe a renderização em 3D de alguns elementos gráficos, uma novidade na série e um primeiro passo para o aspecto maioritariamente tridimensional do qual Pokémon goza actualmente. Ainda que a resolução do ecrã da DS não tenha constituído um salto relevante face ao GBA, o portento técnico da nova portátil reflecte-se em vários detalhes visuais que podem ser apreciados na grandiosa região de Sinnoh.
As tão esperadas novidades na fórmula base da série não desapontaram e foram o suficiente para trazer uma popularidade adicional. As batalhas sofreram uma alteração interessante com a nova forma de catalogar os ataques físicos e especiais: a partir de Diamond e Pearl, aqueles passaram a depender de implicar, na maioria dos casos, contacto físico com o inimigo (físicos) ou não (especiais), independentemente do tipo de ataque em causa. Ou seja, antes seria comum rotular os ataques que envolviam elementos como ataques especiais (por exemplo água, electricidade ou fogo), enquanto que em Diamond e Pearl esta categorização varia de ataque para ataque. Os Pokémon Contests sofreram também algumas mudanças que envolvem inclusivamente o uso do ecrã táctil para controlos adicionais, tal como o uso dos acessórios durante a primeira ronda ou os passos de dança na segunda ronda. Para além disso, os Pokéblocks dão agora lugar aos Poffins, sendo muito semelhantes no sentido em que ambos servem para aumentar os factores comparativos destes concursos, mas distintos na forma como são criados.
Diamond e Pearl são também os primeiros jogos Pokémon a tirar proveito da Nintendo Wi-Fi Connection, serviço online introduzido pela primeira vez em 2005 com a DS e que tem desempenhado um papel preponderante nas consolas da Nintendo até à actualidade. A integração deste serviço em Diamond e Pearlpermitiu que as trocas e batalhas com outros jogadores pudessem ser feitas entre jogadores separados por longas distâncias, para além de ter permitido receber Pokémon de eventos a partir de casa graças à ligação Wi-Fi.
Outro detalhe relevante que acompanha esta nova geração diz respeito aos géneros de Pokémon, que agora podem ser distinguidos através de elementos visuais. Isto acontecia já com os Nidoran da primeira geração Pokémon (e que existiam em masculino e feminino); no entanto, estes eram considerados de espécies diferentes, gozando inclusivamente de evolução e numeração no Pokédex distintas um do outro. A chegada de Pokémon Platinum dois anos depois tardou um pouco mais do que era normal na série mas, não obstante o período de tempo entre lançamentos, assenta largamente nas bases de Diamond e Pearlpara propor novidades de ordem menor. Para além de alterações na estética e enredo para dar a esta nova versão alguns pontos de interesse, é de realçar a existência de uma nova área conhecida como Distortion World, onde é possível encontrar o lendário Giratina, que pode surgir em Platinum em dois locais distintos, adoptando uma forma diferente em cada um dos locais. A possibilidade de gravar e partilhar batalhas com outros jogadores na Battle Frontier através da Nintendo Wi-Fi Connection é também uma novidade da versão Platinum.
De referir ainda os remakes da segunda geração Pokémon HeartGold e SoulSilver, tecnicamente muito semelhantes à quarta geração. Para além de voltar a trazer nova vida a dois dos mais adorados títulos da já longa série Pokémon, uma das mais vistosas novidades foi o pedómetro Pokéwalker, incluído em todas as edições do jogo. Este permite transportar um Pokémon à escolha para qualquer lado com o intuito de aumentar a experiência e amizade com o treinador no próprio jogo, bem como outras possibilidades.
Aproximamo-nos a passos largos do lançamento de Pokémon X e Y, mas nunca é demais recordar o longo percurso traçado até ao momento e dar o devido mérito aos marcos estabelecidos em cada geração. Em relação a este quarto capítulo Pokémon, que aspectos consideram mais relevantes para a evolução da série?