
ANÁLISE
Dream Trigger 3D
3DS
Por Manuel Morais a
Uma das grandes preocupações no universo Nintendo tem sido a falta de quantidade dos títulos da 3DS. Apesar de a consola já estar no mercado há seis meses, menos de 40 jogos foram lançados, e desses só uma minoria merece ser destacada. Dream Trigger 3Dchega numa altura em que qualquer bom esforço receberá uma atenção da parte dos jogadores, devido à falta de grandes alternativas.
Dream Trriger 3D é um shooter de estilo arcade baseado numa mecânica que, apesar de estranha, é verdadeiramente original e inovadora. Ao contrário do comum, aqui os nossos inimigos estão escondidos, sendo que o nosso objectivo é encontrá-los para os derrotar, enquanto tentamos permanecer vivos. Para isso o jogo recorre aos dois ecrãs da consola, que correspondem à mesma área de jogo. No ecrã superior está a nossa personagem, tal como os inimigos já descobertos e os seus projécteis, e no inferior, uma grelha de 16x12 quadrados, alguns dos quais iluminados a indicar a presença de inimigos. Descobrimos o nosso alvo iluminando quadrados (até um máximo de 16 entre cada dois ou três segundos), o que aumenta uma barra que serve para atacar no ecrã superior e que faz a nossa personagem destruir tudo aquilo em que toca, ignorando qualquer tipo de projécteis rivais.
Tudo isto pode parecer confuso e difícil, mas a realidade é bem diferente. Ao contrário do que seria expectável, este jogo é difícil de aprender e ridiculamente fácil de dominar. Uma vez compreendido o esquema, consegue-se superar todos os níveis sem sequer morrer uma única vez, e isto porque os projécteis lançados contra nós são sempre os mesmos, só se alterando os movimentos que os inimigos fazem e a sua quantidade à medida que o jogo progride. Ora, se enquanto atacamos somos praticamente invencíveis, e se quantos mais inimigos há, mais fácil é atacar, então chegamos a um ponto em que apenas morremos por distracção.
O leque de opções de Dream Trigger também não é muito vasto, sendo mais evidente no modo World Map, em que percorremos um mapa não linear onde estão dispostos os vários níveis. Para estes serem desbloqueados é necessário recorrer ao sistema de achievements (challenges) do jogo, que acrescentam níveis ao mapa quando atingidos certos valores. É uma simples forma de aumentar a fraca longevidade da obra, pois é literalmente impossível não termos de repetir níveis para os desbloquearmos. E tendo em conta que alguns destes achievements são tarefas tão parvas como meter cinco vezes o jogo em pausa num mesmo nível, ainda menos sentido faz.
Ao completarmos níveis no modo World Map, coleccionamos dream points para nos movimentarmos no mapa. De quando em quando surge um marcador preto, um inimigo que nos persegue e que, se acertar em nós, nos obriga a ultrapassar um nível com uma pequena diferença. Por exemplo, em vez de quatro pontos de vida, teremos apenas um, e em vez de podermos marcar 16 quadrados, estamos cingidos a três. Isto torna-os praticamente impossíveis de superar, e mesmo que o façamos não ganhamos absolutamente nada. Em caso de baixa, perdemos todos os dream points na nossa posse. Tudo para esticar um pouco mais a longevidade, não é verdade, senhores da ART Co.?
Além do modo acima referido, existem outros, no entanto, com pouco propósito. É possível repetir todos os níveis jogados, quer no modo Challange, em que tentamos obter o melhor tempo, quer no modo Free Play, com a melhor pontuação possível na mira. Existe ainda um modo Versus para dois jogadores, sendo necessário o cartucho nas duas consolas. Infelizmente, Dream Trigger é despido de qualquer função online, algo inadmissível tendo em conta a sua natureza e a consola em questão, e que torna todos estes modos praticamente obsoletos.
Mas nem tudo é mau. O estilo gráfico é perfeitamente adequado ao que se pretende, e as imagens mostradas não fazem justiça à beleza que o cenário do jogo, apesar de estranho, mostra. O efeito 3D é também dos melhores que já se viu na consola, parecendo realmente que estamos a jogar através de uma janela, o que torna a alteração entre 2D e 3D perfeitamente notável. A banda sonora, menos notável, faz um bom trabalho em acompanhá-lo.
Dream Trriger 3D é um shooter de estilo arcade baseado numa mecânica que, apesar de estranha, é verdadeiramente original e inovadora. Ao contrário do comum, aqui os nossos inimigos estão escondidos, sendo que o nosso objectivo é encontrá-los para os derrotar, enquanto tentamos permanecer vivos. Para isso o jogo recorre aos dois ecrãs da consola, que correspondem à mesma área de jogo. No ecrã superior está a nossa personagem, tal como os inimigos já descobertos e os seus projécteis, e no inferior, uma grelha de 16x12 quadrados, alguns dos quais iluminados a indicar a presença de inimigos. Descobrimos o nosso alvo iluminando quadrados (até um máximo de 16 entre cada dois ou três segundos), o que aumenta uma barra que serve para atacar no ecrã superior e que faz a nossa personagem destruir tudo aquilo em que toca, ignorando qualquer tipo de projécteis rivais.

Infelizmente as imagens não transmitem o bom efeito 3D.
Tudo isto pode parecer confuso e difícil, mas a realidade é bem diferente. Ao contrário do que seria expectável, este jogo é difícil de aprender e ridiculamente fácil de dominar. Uma vez compreendido o esquema, consegue-se superar todos os níveis sem sequer morrer uma única vez, e isto porque os projécteis lançados contra nós são sempre os mesmos, só se alterando os movimentos que os inimigos fazem e a sua quantidade à medida que o jogo progride. Ora, se enquanto atacamos somos praticamente invencíveis, e se quantos mais inimigos há, mais fácil é atacar, então chegamos a um ponto em que apenas morremos por distracção.
O leque de opções de Dream Trigger também não é muito vasto, sendo mais evidente no modo World Map, em que percorremos um mapa não linear onde estão dispostos os vários níveis. Para estes serem desbloqueados é necessário recorrer ao sistema de achievements (challenges) do jogo, que acrescentam níveis ao mapa quando atingidos certos valores. É uma simples forma de aumentar a fraca longevidade da obra, pois é literalmente impossível não termos de repetir níveis para os desbloquearmos. E tendo em conta que alguns destes achievements são tarefas tão parvas como meter cinco vezes o jogo em pausa num mesmo nível, ainda menos sentido faz.

Os projecteis dos inimigos são sempre os mesmos.
Ao completarmos níveis no modo World Map, coleccionamos dream points para nos movimentarmos no mapa. De quando em quando surge um marcador preto, um inimigo que nos persegue e que, se acertar em nós, nos obriga a ultrapassar um nível com uma pequena diferença. Por exemplo, em vez de quatro pontos de vida, teremos apenas um, e em vez de podermos marcar 16 quadrados, estamos cingidos a três. Isto torna-os praticamente impossíveis de superar, e mesmo que o façamos não ganhamos absolutamente nada. Em caso de baixa, perdemos todos os dream points na nossa posse. Tudo para esticar um pouco mais a longevidade, não é verdade, senhores da ART Co.?
Além do modo acima referido, existem outros, no entanto, com pouco propósito. É possível repetir todos os níveis jogados, quer no modo Challange, em que tentamos obter o melhor tempo, quer no modo Free Play, com a melhor pontuação possível na mira. Existe ainda um modo Versus para dois jogadores, sendo necessário o cartucho nas duas consolas. Infelizmente, Dream Trigger é despido de qualquer função online, algo inadmissível tendo em conta a sua natureza e a consola em questão, e que torna todos estes modos praticamente obsoletos.

Parece confuso? Rapidamente deixa de o ser.
Mas nem tudo é mau. O estilo gráfico é perfeitamente adequado ao que se pretende, e as imagens mostradas não fazem justiça à beleza que o cenário do jogo, apesar de estranho, mostra. O efeito 3D é também dos melhores que já se viu na consola, parecendo realmente que estamos a jogar através de uma janela, o que torna a alteração entre 2D e 3D perfeitamente notável. A banda sonora, menos notável, faz um bom trabalho em acompanhá-lo.
Conclusão
Dream Trigger 3D é um jogo carregado de potencial mas que simplesmente não o soube gerir. Apesar da beleza gráfica e da mecânica do jogo ser bastante original, esta foi usada de forma bastante limitada. Tendo em conta que leva cerca de 10 horas a finalizar, e que essas nem sempre são satisfatórias, dada a ausência de funções online e de diversidade, teria sido uma boa aposta para a eShop, de preferência a um preço muito mais convidativo.
O melhor
- Efeito 3D bem conseguido
- Mecânica bastante original
O pior
- Demasiado fácil
- Ausência de modos online
- Falta de diversidade