
ANÁLISE
Driver Renegade 3D
3DS
Por António Branquinho a
Para aqueles que já tinham saudades de perseguições a alta velocidade e que as queriam experimentar em 3D, a Ubisoft dedica Driver Renegade, primeiro de uma afamada série (nem sempre pelos melhores motivos) a chegar à 3DS. E que melhor maneira de o fazer do que traduzindo integralmente os textos para Português de Portugal?
O jogo oferece dois modos principais (todos em coro): história e carreira. Óbvio. No primeiro encarnamos um ex-polícia contratado por um senador para trabalhar à margem da lei e fazer aquilo que sabe melhor – destruir redes criminosas. Ao todo são 20 missões divididas entre perseguições, fugas e destruição de vários carros inimigos, o que parece bastante, mas que se resume a apenas duas horas e meia de jogo. Não é um número assim tão impressionante nos dias que correm. Neste modo existem vídeos que relatam uma história do jogo que, apesar de não ser nenhum blockbuster, se enquadra no espírito da série, por vezes superando algumas produções "hollywoodescas"! Contudo, as cutscenes limitam-se a ser múltiplos desenhos em 2D, com quase nenhuma animação, o que por um lado enaltece legendas com nota irrepreensível no trabalho de tradução.

Eu merecia mais do que apenas duas horas e meia de modo história
O modo carreira cinge-se a sete conjuntos diferentes de doze pistas, cada com diferentes modos de corrida. Estes modos podem ir desde uma corrida em que apenas temos um ponto inicial e um final e podemos traçar o nosso caminho, até um modo em que destruímos todos os carros em pista no mínimo de tempo possível. Devido à fraca inteligência dos nossos adversários, alguns modos tornam-se semelhantes, como o modo de corrida normal e o de eliminação do último condutor a cada volta, já que logo na primeira volta de cada pista já estamos a uma distância notável de qualquer competição e apenas lutamos para bater o nosso próprio recorde. Quem gostou do modo história irá certamente gastar bastante tempo neste modo, apesar de ficar sempre a sensação de que se podia ter aproveitado muito mais coisas deste modo para o modo de história.
Tanto no modo história, como no de carreira, à medida que competimos desbloqueamos bólides para este segundo modo, havendo 50 à escolha no final. E como só após terminado o jogo obtemos o melhor carro, todos os fãs de recordes irão querer jogá-lo novamente para ficarem com o melhor tempo possível. Os recordes são gravados na consola e podem ser trocados via street pass (funcionalidade não testada, visto que este jogo ainda não tinha sido lançado no mercado à data do teste). Existe ainda um modo garagem que se limita a ser uma montra dos nossos carros tal e qual como se os estivéssemos a selecionar no modo de carreira.

Deixem-me passar!
Renegade decorre numa cidade dividida em três ilhas interligadas por pontes, num mundo bastante extenso mas algo despido… Há motivos para isso, Ubisoft: não há uma vivalma na rua e os carros que circulam nas estradas são relativamente escassos, mesmo num nível de dificuldade elevado. Apesar disso, a cidade está bem construída; uma cidade que nos faz querer atravessá-la no nosso bólide ao som de Al Green, como se num filme de Tarantino, mas que carece, lá está, de um nível de dificuldade mais exigente. Para isso bastaria colocar mais carros na estrada. Será que era assim tão difícil?
Os carros têm aspecto bonito e polido, mesmo quando sofrem danos, e só quando estão prestes a explodir é que ficam amassados, como uma bola de papel comprimida entre duas mãos. Estranho, não? Apesar disso é possível avaliar o nível de danos do bólide através do fumo e fogo que começam a sair do motor. Quando os estragos são demasiados assistimos à explosão do nosso estimado popó, que pelos vistos consiste em quatro folhas de papel, pois é tudo o que resta em cima do asfalto. A fim de evitarmos essa explosão, e para voltarmos a ter um carro novinho em folha, temos de passar com alguma regularidade pelas várias oficinas espalhadas pela cidade.

Este tipo devia ter passado pela oficina...
É importante frisar que este jogo é daqueles em que o 3D faz toda a diferença. Toda a cidade ganha profundidade e os carros volume, torna-se mais simples visualizar cruzamentos entre prédios e, no geral, tudo fica muito mais agradável à vista. Um grafismo com alguns bons efeitos de encher o olho, mas que nada importaria ao jogo se a jogabilidade não fosse minimamente divertida. Os controlos são muito precisos, ainda que demore algum tempo até nos habituarmos a alternar entre o acelerador (B) e o travão de mão (X). O mais certo é adaptarmo-nos a jogar sem o travão de mão... Seria aqui interessante escolhermos as teclas de outra forma. A jogabilidade é, assim, tipicamente arcade. Podemos espetar-nos umas vezes contra a parede e ainda conseguir terminar a nossa missão. Apesar de alguma repetição nas missões o jogo nunca se torna aborrecido e consegue sempre divertir.
O jogo oferece dois modos principais (todos em coro): história e carreira. Óbvio. No primeiro encarnamos um ex-polícia contratado por um senador para trabalhar à margem da lei e fazer aquilo que sabe melhor – destruir redes criminosas. Ao todo são 20 missões divididas entre perseguições, fugas e destruição de vários carros inimigos, o que parece bastante, mas que se resume a apenas duas horas e meia de jogo. Não é um número assim tão impressionante nos dias que correm. Neste modo existem vídeos que relatam uma história do jogo que, apesar de não ser nenhum blockbuster, se enquadra no espírito da série, por vezes superando algumas produções "hollywoodescas"! Contudo, as cutscenes limitam-se a ser múltiplos desenhos em 2D, com quase nenhuma animação, o que por um lado enaltece legendas com nota irrepreensível no trabalho de tradução.

Eu merecia mais do que apenas duas horas e meia de modo história
O modo carreira cinge-se a sete conjuntos diferentes de doze pistas, cada com diferentes modos de corrida. Estes modos podem ir desde uma corrida em que apenas temos um ponto inicial e um final e podemos traçar o nosso caminho, até um modo em que destruímos todos os carros em pista no mínimo de tempo possível. Devido à fraca inteligência dos nossos adversários, alguns modos tornam-se semelhantes, como o modo de corrida normal e o de eliminação do último condutor a cada volta, já que logo na primeira volta de cada pista já estamos a uma distância notável de qualquer competição e apenas lutamos para bater o nosso próprio recorde. Quem gostou do modo história irá certamente gastar bastante tempo neste modo, apesar de ficar sempre a sensação de que se podia ter aproveitado muito mais coisas deste modo para o modo de história.
Tanto no modo história, como no de carreira, à medida que competimos desbloqueamos bólides para este segundo modo, havendo 50 à escolha no final. E como só após terminado o jogo obtemos o melhor carro, todos os fãs de recordes irão querer jogá-lo novamente para ficarem com o melhor tempo possível. Os recordes são gravados na consola e podem ser trocados via street pass (funcionalidade não testada, visto que este jogo ainda não tinha sido lançado no mercado à data do teste). Existe ainda um modo garagem que se limita a ser uma montra dos nossos carros tal e qual como se os estivéssemos a selecionar no modo de carreira.

Deixem-me passar!
Renegade decorre numa cidade dividida em três ilhas interligadas por pontes, num mundo bastante extenso mas algo despido… Há motivos para isso, Ubisoft: não há uma vivalma na rua e os carros que circulam nas estradas são relativamente escassos, mesmo num nível de dificuldade elevado. Apesar disso, a cidade está bem construída; uma cidade que nos faz querer atravessá-la no nosso bólide ao som de Al Green, como se num filme de Tarantino, mas que carece, lá está, de um nível de dificuldade mais exigente. Para isso bastaria colocar mais carros na estrada. Será que era assim tão difícil?
Os carros têm aspecto bonito e polido, mesmo quando sofrem danos, e só quando estão prestes a explodir é que ficam amassados, como uma bola de papel comprimida entre duas mãos. Estranho, não? Apesar disso é possível avaliar o nível de danos do bólide através do fumo e fogo que começam a sair do motor. Quando os estragos são demasiados assistimos à explosão do nosso estimado popó, que pelos vistos consiste em quatro folhas de papel, pois é tudo o que resta em cima do asfalto. A fim de evitarmos essa explosão, e para voltarmos a ter um carro novinho em folha, temos de passar com alguma regularidade pelas várias oficinas espalhadas pela cidade.

Este tipo devia ter passado pela oficina...
É importante frisar que este jogo é daqueles em que o 3D faz toda a diferença. Toda a cidade ganha profundidade e os carros volume, torna-se mais simples visualizar cruzamentos entre prédios e, no geral, tudo fica muito mais agradável à vista. Um grafismo com alguns bons efeitos de encher o olho, mas que nada importaria ao jogo se a jogabilidade não fosse minimamente divertida. Os controlos são muito precisos, ainda que demore algum tempo até nos habituarmos a alternar entre o acelerador (B) e o travão de mão (X). O mais certo é adaptarmo-nos a jogar sem o travão de mão... Seria aqui interessante escolhermos as teclas de outra forma. A jogabilidade é, assim, tipicamente arcade. Podemos espetar-nos umas vezes contra a parede e ainda conseguir terminar a nossa missão. Apesar de alguma repetição nas missões o jogo nunca se torna aborrecido e consegue sempre divertir.
Conclusão
Driver Renegade é um jogo divertido dentro do seu género, mas peca pelo curto modo de história. Se são daqueles que, em sabendo a história não voltam a pegar num jogo, afastem-se deste título. Se gostam pura e simplesmente de conduzir à maluca no meio de uma cidade, têm aqui uma opção sólida a que se irão manter presos mesmo após o término do jogo. Mas aquele travo na garganta de que a Ubisoft poderia ter feito aqui um excelente jogo em vez de apenas “bom”, esse ninguém o tira.
O melhor
- Bom uso de 3D
- Muito divertido
- Excelente tradução para português
O pior
- Cutscenes em 2D
- Modo de história curto
- Falta de ranking online