
ANÁLISE
Resident Evil: The Mercenaries 3D
3DS
Por Henrique Pereira a
O género de Survival Horror deve e muito a Resident Evil, ou não fosse esta série responsável por meter o género na boca do mundo inteiro. Para os mais novatos nestas andanças, talvez o mais conhecido seja Resident Evil 4, um capítulo que abandonou por completo a movimentação embriagada da personagem para enfatizar a acção frenética, bem como secções de tiroteio que conseguiam manter as pulsações cardíacas ao rubro numa clara tentativa de romper com o passado sem desiludir os fãs. Foi neste título que nasceu um pequeno modo chamado The Mercenaries, em que participávamos numa corrida contra o tempo para matar o maior número de zombies. Enquanto este modo permaneceu um pouco obscuro emResident Evil 4, no quinto jogo da saga e com multijogador online cooperativo tornou-se numa parte fulcral da diversão. A Capcom apercebeu-se do seu potencial e, como preparação para Resident Evil: Revelations, decidiu oferecer-nos este simpático presente.
Tal como está implicado, The Mercenaries 3D não usufrui de modo de campanha, apesar de ser possível jogar todas as missões em modo singular. O jogo está estruturado em cinco níveis que fazem a separação por dificuldade das missões, havendo três a cinco missões por nível. Obviamente que para chegar à fase seguinte temos de completar todas as missões do nível anterior. Para aqueles que terminarem com sucesso estas provas, haverá ainda oito missões extra mais difíceis.

O nosso amigo da motosserra está de volta. Fujam!
Apesar de o modo Mercenaries dar origem a este jogo, seria de esperar que oferecesse mais conteúdo, mas na prática apenas retém as missões e cenários do modo homónimo de RE4 e 5. Como se não bastasse serem poucas, que até se completam rapidamente, não acrescentam nada de novo ou diferente em relação aos referidos jogos da saga. Contudo, existem bastantes incentivos para continuar a jogar. De entre oito personagens, apenas quatro estão sujeitos a escolha inicialmente, e também existem fatos alternativos por desbloquear para cada uma delas. Outro factor que visa aumentar a durabilidade prende-se ao melhoramento das nossas personagens em certos aspectos através das mais variadas habilidades, sendo que estas evoluem durante todo o jogo.

Acabar com os inimigos com um ataque físico dá um aumento de cinco segundos ao tempo limite.
Não devemos esquecer que este título aposta na luta contra o tempo, durante o qual devemos exterminar o maior número de zombies. Por isso é obvio que existam pontuações para serem batidas, apesar da inexplicável – para não dizer imperdoável – ausência de leaderboards. E já que puxamos o assunto, é possível jogar em modo cooperativo online com mais uma pessoa via internet ou modo local, não havendo distinção do progresso singular e cooperativo para obtenção de recompensas. O online tanto pode ser jogado com amigos ou com jogadores aleatórios através de matchmaking. Infelizmente, esta vertente apresenta-se desfalcada, optando por não incluir qualquer forma de comunicação, o que é deveras importante para este género de jogos. Ainda assim, e mesmo que já tenham desbloqueado tudo, é sempre divertido ir com um amigo rebentar os miolos de uns mortos-vivos, especialmente porque este título adequa-se perfeitamente ao formato portátil do “pick 'n' play”.
Outro aspecto que resultou surpreendentemente bem é a jogabilidade. Mesmo sem um segundo analógico, é fácil e rápido mirar e disparar. O botão deslizante é utilizado para controlar a personagem e para mirar à medida que se pressiona no botão R para preparar a arma. Já o Y serve para acções especiais como “finishers”, apanhar munição, interagir com meio e claro, disparar (agora também possível em movimento). Finalmente, podemos virar a câmara a 180º usando o B e puxando o botão deslizante para trás. Apesar de se ter perdido controlo sobre a câmara devido à falta de um segundo analógico, o ritmo e movimento mais lento do jogo faz com que esta não seja tão preciosa e até torna a acção mais tensa, pois nem sempre sabemos onde pode estar um daqueles zombies com uma motosserra. Uma novidade é a possibilidade de usar o controlo táctil para rapidamente mudar de arma, atirar granadas ou curarmo-nos. Sem dúvida que a Capcom fez um excelente trabalho na adaptação do jogo à 3DS, aproveitando as suas vantagens e arranjando soluções inteligentes para alguns dos problemas.

Outros tipos de armas como minas e granadas são essenciais para várias situações.
Tal como Super Street Fighter IV: 3D Edition, o jogo usa o motor MT Framework Mobile, e por isso não é surpresa a qualidade gráfica presente. Os modelos das personagens rivalizam com o das consolas HD e, quer os ambientes, quer os vários efeitos de luz e sombra estão bem construídos. O grande problema neste campo surge nas animações dos inimigos que estão ao longe, com algumas quebras. Mas é preferível ter este problema do que uma framerate instável. Já sobre a componente sonora, adequa-se à tensão que exala das missões.
Tal como está implicado, The Mercenaries 3D não usufrui de modo de campanha, apesar de ser possível jogar todas as missões em modo singular. O jogo está estruturado em cinco níveis que fazem a separação por dificuldade das missões, havendo três a cinco missões por nível. Obviamente que para chegar à fase seguinte temos de completar todas as missões do nível anterior. Para aqueles que terminarem com sucesso estas provas, haverá ainda oito missões extra mais difíceis.

O nosso amigo da motosserra está de volta. Fujam!
Apesar de o modo Mercenaries dar origem a este jogo, seria de esperar que oferecesse mais conteúdo, mas na prática apenas retém as missões e cenários do modo homónimo de RE4 e 5. Como se não bastasse serem poucas, que até se completam rapidamente, não acrescentam nada de novo ou diferente em relação aos referidos jogos da saga. Contudo, existem bastantes incentivos para continuar a jogar. De entre oito personagens, apenas quatro estão sujeitos a escolha inicialmente, e também existem fatos alternativos por desbloquear para cada uma delas. Outro factor que visa aumentar a durabilidade prende-se ao melhoramento das nossas personagens em certos aspectos através das mais variadas habilidades, sendo que estas evoluem durante todo o jogo.

Acabar com os inimigos com um ataque físico dá um aumento de cinco segundos ao tempo limite.
Não devemos esquecer que este título aposta na luta contra o tempo, durante o qual devemos exterminar o maior número de zombies. Por isso é obvio que existam pontuações para serem batidas, apesar da inexplicável – para não dizer imperdoável – ausência de leaderboards. E já que puxamos o assunto, é possível jogar em modo cooperativo online com mais uma pessoa via internet ou modo local, não havendo distinção do progresso singular e cooperativo para obtenção de recompensas. O online tanto pode ser jogado com amigos ou com jogadores aleatórios através de matchmaking. Infelizmente, esta vertente apresenta-se desfalcada, optando por não incluir qualquer forma de comunicação, o que é deveras importante para este género de jogos. Ainda assim, e mesmo que já tenham desbloqueado tudo, é sempre divertido ir com um amigo rebentar os miolos de uns mortos-vivos, especialmente porque este título adequa-se perfeitamente ao formato portátil do “pick 'n' play”.
Outro aspecto que resultou surpreendentemente bem é a jogabilidade. Mesmo sem um segundo analógico, é fácil e rápido mirar e disparar. O botão deslizante é utilizado para controlar a personagem e para mirar à medida que se pressiona no botão R para preparar a arma. Já o Y serve para acções especiais como “finishers”, apanhar munição, interagir com meio e claro, disparar (agora também possível em movimento). Finalmente, podemos virar a câmara a 180º usando o B e puxando o botão deslizante para trás. Apesar de se ter perdido controlo sobre a câmara devido à falta de um segundo analógico, o ritmo e movimento mais lento do jogo faz com que esta não seja tão preciosa e até torna a acção mais tensa, pois nem sempre sabemos onde pode estar um daqueles zombies com uma motosserra. Uma novidade é a possibilidade de usar o controlo táctil para rapidamente mudar de arma, atirar granadas ou curarmo-nos. Sem dúvida que a Capcom fez um excelente trabalho na adaptação do jogo à 3DS, aproveitando as suas vantagens e arranjando soluções inteligentes para alguns dos problemas.

Outros tipos de armas como minas e granadas são essenciais para várias situações.
Tal como Super Street Fighter IV: 3D Edition, o jogo usa o motor MT Framework Mobile, e por isso não é surpresa a qualidade gráfica presente. Os modelos das personagens rivalizam com o das consolas HD e, quer os ambientes, quer os vários efeitos de luz e sombra estão bem construídos. O grande problema neste campo surge nas animações dos inimigos que estão ao longe, com algumas quebras. Mas é preferível ter este problema do que uma framerate instável. Já sobre a componente sonora, adequa-se à tensão que exala das missões.
Conclusão
Resident Evil: The Mercenaries 3D é recomendável para pequenas sessões de jogo, desfrutando de excelentes controlos, itens extra e um modo cooperativo, apesar de algumas falhas em matéria de online. No entanto, ter poucos níveis que, ainda por cima, são reciclados de Resident Evil 4 e 5, torna-o complicado de recomendar a quem já jogou estes dois títulos.
O melhor
- Excelentes controlos
- Muito viciante
- Conteúdo por desbloquear
- Grafismo fabuloso
O pior
- Online desfalcado
- Poucas missões
- Cenários reciclados