
ANÁLISE
Pro Evolution Soccer 2011 3D
3DS
Por Nuno Nêveda a
Em plena época de grandes decisões no futebol português, vivemos os dias gloriosos de uma final da Liga Europa totalmente lusitana. Por isso, nada melhor do que inserir o cartucho de Pro Evolution Soccer 2011 na 3DS. É sabido que os jogos de futebol têm estado longe do seu apogeu no reino das portáteis, em parte devido às debilidades técnicas da DS e do GBA, mas isso promete mudar com os novos recursos vigentes.
A Konami apostou forte em Pro Evolution Soccer 2011 3D para garantir à nova portátil a magia no relvado que catapultou a série no top de vendas. Uma das novidades é a inclusão do efeito 3D a afectar directamente a câmara, que passa de pré-definida a “Player Camera”, um ângulo de visão posterior em relação ao jogador que cria um efeito de imersão em todas as jogadas ofensivas. É este posicionamento por trás que nos dá uma ideia da distância dos nossos colegas de equipa ou permite traçar linhas de passe e rematar com mais precisão. Mas isto também acarreta alguns problemas, pois não é possível ver a área por trás do jogador, o que atrapalha e muito as acções defensivas. Felizmente a opção da câmara “Vertical Wide” continua de pé para dar uma visão bem mais ampla do posicionamento da nossa equipa. Contudo, retira o impacto do efeito 3D. Ou seja, não podemos ter o melhor dos dois num só ângulo. Ou um, ou outro.
Quem já jogou PES noutras consolas não vai estranhar os controlos. O pad circular funciona de forma satisfatória e, embora não tenha o mesmo número de botões, a 3DS alcança praticamente todos os pontos da jogabilidade das versões caseiras. O ecrã táctil mostra ainda o radar de jogo e ajuda na criação de tácticas, ainda que de forma ligeira. Esperemos que no futuro a Konami aproveite melhor as vantagens do ecrã em prol de maior profundidade nas opções.
Continuando no terreno de jogo, podemos dizer que é uma versão melhorada do visto na PS2 com tudo aquilo a que temos direito, ou seja, IA desafiante, controlos precisos, grafismo polido e animações realistas. Na componente gráfica destaca-se a imponência dos estádios, sobretudo quando temos ligado o 3D da consola. O Estádio da Luz nunca pareceu tão realista como neste jogo! Obviamente que existem algumas limitações técnicas, desde a ausência de alguns cânticos à impossibilidade de disputar partidas debaixo de um forte nevão ou à chuva. Além do mais, esta versão não foi alvo de tradução, por isso os comentários são fornecidos por Jon Champion e Beglin Jim, que estão longe de entusiasmar.
Tecnicidades à parte, PES 2011 3D é o simulador de futebol mais polido numa portátil, valendo-se de toda a essência da série. Podem contar com dezenas de selecções, mais de uma centena de clubes, com destaque para Benfica, Porto, Sporting e Braga, cerca de vinte estádios devidamente reproduzidos, incluindo os dos chamados “três grandes portugueses”, mais a Liga dos Campeões e a já clássica Master League. Mas em conteúdo nem tudo corre sobre rodas. Lamenta-se a ausência da Liga Europa, da SuperTaça Europeia e da Taça dos Libertadores. Outra ausência estranha é a do modo Become a Legend, extremamente popular noutras versões do jogo, em que se controla e se gere a carreira de um jogador . Esta omissão é particularmente bizarra, uma vez que a versão 3DS apresenta, por padrão, a acção no relvado a partir desse ângulo da câmara.
Outro dos problemas recorrentes em PES e que se perpetua nesta versão coincide com a existência de clubes e selecções não licenciados. Menos problemático, mas decepcionante, é a falta das ligas já mencionadas e de um modo de treino para que os principiantes dessem os seus primeiros toques na jogabilidade de PES. Mas o prémio de maior decepção vai para as opções multijogador. É possível jogar através de uma ligação local sem fios, mas ambos os jogadores necessitam de ter o cartucho do jogo. Pior que isso é a total ausência de jogos multijogador online. A Konami tentou compensar essas falhas com a funcionalidade StreetPass, que permite à nossa equipa da Master League ter confrontos virtuais com outras pessoas com 3DS que se cruzem na rua. É uma boa adição e oferece um incentivo para jogar o Master League, mas não é suficiente para preencher a lacuna deixada pela falta do online.
A Konami apostou forte em Pro Evolution Soccer 2011 3D para garantir à nova portátil a magia no relvado que catapultou a série no top de vendas. Uma das novidades é a inclusão do efeito 3D a afectar directamente a câmara, que passa de pré-definida a “Player Camera”, um ângulo de visão posterior em relação ao jogador que cria um efeito de imersão em todas as jogadas ofensivas. É este posicionamento por trás que nos dá uma ideia da distância dos nossos colegas de equipa ou permite traçar linhas de passe e rematar com mais precisão. Mas isto também acarreta alguns problemas, pois não é possível ver a área por trás do jogador, o que atrapalha e muito as acções defensivas. Felizmente a opção da câmara “Vertical Wide” continua de pé para dar uma visão bem mais ampla do posicionamento da nossa equipa. Contudo, retira o impacto do efeito 3D. Ou seja, não podemos ter o melhor dos dois num só ângulo. Ou um, ou outro.

A Player Camera não é totalmente satisfatória.
Quem já jogou PES noutras consolas não vai estranhar os controlos. O pad circular funciona de forma satisfatória e, embora não tenha o mesmo número de botões, a 3DS alcança praticamente todos os pontos da jogabilidade das versões caseiras. O ecrã táctil mostra ainda o radar de jogo e ajuda na criação de tácticas, ainda que de forma ligeira. Esperemos que no futuro a Konami aproveite melhor as vantagens do ecrã em prol de maior profundidade nas opções.
Continuando no terreno de jogo, podemos dizer que é uma versão melhorada do visto na PS2 com tudo aquilo a que temos direito, ou seja, IA desafiante, controlos precisos, grafismo polido e animações realistas. Na componente gráfica destaca-se a imponência dos estádios, sobretudo quando temos ligado o 3D da consola. O Estádio da Luz nunca pareceu tão realista como neste jogo! Obviamente que existem algumas limitações técnicas, desde a ausência de alguns cânticos à impossibilidade de disputar partidas debaixo de um forte nevão ou à chuva. Além do mais, esta versão não foi alvo de tradução, por isso os comentários são fornecidos por Jon Champion e Beglin Jim, que estão longe de entusiasmar.
Tecnicidades à parte, PES 2011 3D é o simulador de futebol mais polido numa portátil, valendo-se de toda a essência da série. Podem contar com dezenas de selecções, mais de uma centena de clubes, com destaque para Benfica, Porto, Sporting e Braga, cerca de vinte estádios devidamente reproduzidos, incluindo os dos chamados “três grandes portugueses”, mais a Liga dos Campeões e a já clássica Master League. Mas em conteúdo nem tudo corre sobre rodas. Lamenta-se a ausência da Liga Europa, da SuperTaça Europeia e da Taça dos Libertadores. Outra ausência estranha é a do modo Become a Legend, extremamente popular noutras versões do jogo, em que se controla e se gere a carreira de um jogador . Esta omissão é particularmente bizarra, uma vez que a versão 3DS apresenta, por padrão, a acção no relvado a partir desse ângulo da câmara.

A magia do futebol portátil.
Outro dos problemas recorrentes em PES e que se perpetua nesta versão coincide com a existência de clubes e selecções não licenciados. Menos problemático, mas decepcionante, é a falta das ligas já mencionadas e de um modo de treino para que os principiantes dessem os seus primeiros toques na jogabilidade de PES. Mas o prémio de maior decepção vai para as opções multijogador. É possível jogar através de uma ligação local sem fios, mas ambos os jogadores necessitam de ter o cartucho do jogo. Pior que isso é a total ausência de jogos multijogador online. A Konami tentou compensar essas falhas com a funcionalidade StreetPass, que permite à nossa equipa da Master League ter confrontos virtuais com outras pessoas com 3DS que se cruzem na rua. É uma boa adição e oferece um incentivo para jogar o Master League, mas não é suficiente para preencher a lacuna deixada pela falta do online.
Conclusão
Pro Evolution Soccer 2011 3D é um bom jogo de futebol capaz de abrir caminho ao género na nova portátil da Nintendo. A ausência de conteúdo importante é sentida, mas deve-se a um menor tempo de produção que teve para figurar na linha de lançamento da 3DS. Se forem fãs de futebol, PES 2011 3D é uma opção a ter em conta, mesmo com as suas limitações.
O melhor
- Jogabilidade equilibrada
- Master League com bastante profundidade
- Grafismo sólido com destaque para os estádios
O pior
- Ausência de diversos modos de jogo