
ANÁLISE
Picross e3
Mega puzzles.
Por António Branquinho a
Rejubilem os fãs de Picross, a terceira versão de Picross, o terceiro proveniente das mãos experientes da Jupiter Corporation chegou à e-shop da 3DS e traz 150 novos puzzles para aliviar os efeitos de uma possível ressaca cerebral produzida pelos dez meses de espera desde o jogo anterior.
Para quem teve a infelicidade de nos últimos 20 anos não ter experimentado um jogo de picross trata-se disto: cada puzzle é apresentado através de uma grelha numérica que pode ir de 5x5 quadrículas até ao máximo utilizado na 3DS de 15x15. O objectivo do jogador é descortinar qual a imagem que se encontra escondida por detrás do código numérico que deve ser deslindado para a poder visualizar.
Tudo neste jogo é idêntico em relação à versão anterior. O seu grafismo mantém-se inalterado excepto na cor de fundo utilizada, a música é a mesma, tal como os principais modos de jogo, “Fácil”, “Normal”, “Livre” e “Extra” e o modo “Micross” foi eliminado, substituído pelo modo “Mega Picross”. Tal como nas versões anteriores o 3D encontra-se disponível, mas o mais provável é desligá-lo passado um ou dois puzzles, já que o mesmo não traz nada de relevante ao jogo sendo mesmo difícil de distinguir se ele está realmente a ser utilizado pelo jogo ou não.
Nos primeiros dois modos de jogo, o jogador recebe uma notificação cada vez que comete um erro, com a colocação da opção certa no ecrã e uma penalização de tempo. Tal como já foi descrito nas análises do FNintendo aos seus dois predecessores, isto acaba por ser mais um prejuízo para jogadores veteranos que uma ajuda já que, ao tentar resolver os puzzles no mínimo de tempo possível, por vezes o estilete desliza para locais que não pretendidos e o jogador acaba por sofrer automaticamente uma penalização temporal. Este problema não acontece nos modos “Livre” e “Extra” onde o jogo não adverte acerca dos erros cometidos e tem que ser o próprio jogador a identificá-los para poder acabar o puzzle em questão.O novo modo, “Mega Picross” é uma excelente adição e peca somente pela sua curta duração. Neste modo, o jogo em vez de apresentar valores numéricos para apenas uma linha/coluna, encontram-se também valores numéricos que se destinam a duas linhas/colunas simultaneamente. Para este modo, é necessário mudar radicalmente o modo de pensar em Picross, uma vez que agora os valores podem encontrar-se dispostos de formas nunca antes imaginadas tendo como condicionante somente que esses números conjuntos devem estar obrigatoriamente unidos e devem ocupar as duas linhas/colunas onde se encontram referenciados, nem que seja apenas uma quadrícula numa linha e todas as restantes na outra. Este é um modo bem mais complexo que o Picross normal e peca somente pelo parco volume de puzzles (apenas 20) ao dispor, sendo que quando finalmente se compreendem as regras deste novo modo na totalidade é quando o mesmo termina.
Conclusão
Quem conhece e gosta da série encontrará em Picross 130 puzzles novos dos quais gostará certamente mas onde terá uma sensação de déjà vu, uma vez que o jogo não tenta modificar absolutamente nada à sua fórmula - cuja qualidade é mais que conhecida, aliás, e poderá experimentar os 20 puzzles deste novo modo que deverá interessar o suficiente para desejar que a próxima versão de Picross revisite este modo, trazendo mais alguma profundidade ao mesmo. Para os restantes jogadores que desejam conhecer o universo de Picross pela primeira vez, talvez seja preferível experimentar uma das duas primeiras versões. Quem ainda não domine o tipo de pensamento necessário para realizar um puzzle de Picross pode sentir-se frustrado com o grau de dificuldade do modo “Mega Picross”.
O melhor
- Mais puzzles de Picross
- Modo Mega Picross…
O pior
- … que peca por ser curto
- Tamanho dos puzzles limitado pelo ecrã
8 de Dezembro, 2013, 12:58