
ANÁLISE
Super Mario Kart
Queimar borracha em pistas clássicas.
Por Nuno Nêveda a
O ansiado Mario Kart 8 está cada vez mais próximo e é agora tempo do original Super Mario Kart regressar à pista e fazer a sua chegada à Consola Virtual da Wii U para mostrar como tudo começou e em certa medida, abrir ainda mais o apetite.
Para os mais novos e/ou desatentos, Super Mario Kart foi lançado no Japão em 1992 para a SNES (conhecida como Super Famicom naquele país) e chegaria à Europa em Janeiro de 1993. O conceito é extremamente simples. Sendo um spin-off do universo Mario, este é um jogo de corridas de karts com Mario & Ciª. , que num estilo muito descontraído mas desafiante e até caótico, lutam pela melhor posição. À escolha estão oito personagens oriundas do Mushroom Kingdom, com figuras icónicas como Mario, Bowser e Donkey Kong Jr. na sua única aparição em corridas de karts. As pistas são inspiradas em locais de Super Mario World, como Mario Circuit, Bowser Castle e Koopa Beach. A infame Rainbow Road é o coroar das pistas. Escolhas para todos os gostos e exigências.
As corridas nem sempre são limpas e para isso contribuem os célebres “power ups”. As cascas de banana que fazem o adversário perder tempo, carapaças verdes ou vermelhas para disparos, relâmpagos que diminuem os adversários a um tamanho minúsculo para que possam ser esmagados, estrelas que dão uma invencibilidade temporária, penas que permitem saltar por cima de obstáculos... Uma diversidade que dá um colorido especial às corridas e que ajuda a manter o charme da série ao longo de tantos anos.
Mas desengane-se quem pensa que a perícia na condução é irrelevante. Super Mario Kart é exigente nesse campo e é até dos mais difíceis na já longa série onde conduzir em velocidade, evitando obstáculos, contactos e desvios para fora da pista é fundamental para cortar a meta em primeiro lugar. O domínio dos karts exige algum período de aprendizagem e muitas vezes sai-se frustrado. Em termos de opções de jogo, estas são mínimas. O single player resume-se a diferentes taças em duas categorias, 50 cc e 100 cc (os 150 cc só podem ser desbloqueados mediante certas condições) e aos Time Trials. O ponto forte acaba por ser o multijogador (limitado a dois jogadores). Há um Grand Prix, com dois karts controlados por jogadores humanos a correr contra seis karts controlados pela consola. Ainda existe o Battle Mode, no qual há dois karts em confronto numa arena e onde tem de se derrotar o adversário.
Vinte e dois anos é muito tempo nos videojogos e isso nota-se no que diz respeito aos gráficos. Embora as cores vibrantes contribuam para um aspecto visual aceitável, a velocidade não se dá muito bem com os sprites 2D e a imagem não sai beneficiada num ecrã HD. O jogo fica até com melhor aspecto quando jogado na menor resolução do GamePad. Uma boa notícia a realçar, esta é a versão americana do jogo SNES, o que significa que corre em toda a glória dos 60Hz. O ambiente sonoro oferece belas recordações dos clássicos da série Super Mario.
Conclusão
Ao chegar à oitava aparição da série Mario Kart, o Super Mario Kart original começa a ficar nas recônditas memórias da década de 1990. Talvez seja dos Mario Kart mais exigentes, mas esta versão da Consola Virtual é uma boa peça nostálgica, que mostra as bases que conferiram um sucesso tão grande a esta série. Um bom aperitivo para Mario Kart 8 e uma excelente lembrança de um clássico intemporal, mas já está longe de ser o melhor que a série ofereceu.
O melhor
- Onde tudo começou
- Fluidez das corridas
- Multijogador divertido
O pior
- Dificuldade elevada
- Graficamente algo datado