
ANTEVISÃO
Hyrule Warriors
Já temos a versão final do jogo.
Por Fábio Pereira a
Quando todos pensavam que The Legend of Zelda nunca iria embarcar em nada que estivesse longe das suas raízes, eis que a Nintendo anuncia uma parceria com a Koei para um novo título que mistura o universo Zelda com os campos de batalha associados a séries como Dynasty ou Samurai Warriors. Neste primeiro contacto facilmente nos apercebemos daquilo que o jogo tem para oferecer e a forma como se tenta distanciar dos restantes jogos do género. Inicialmente disponíveis estão um modo história, aqui intitulado de "Legend", um modo livre e um modo aventura.
Adicionalmente está disponível uma galeria com vários itens a desbloquear. O modo história começa com uma fantástica apresentação e um cuidado visual imenso. Este modo consegue ainda transmitir uma nova visão sobre o reino de Hyrule por dar atenção a várias personagens logo nos primeiros momentos, em vez de centrar todos os olhares em Link. A maioria dos diálogos é apenas apresentada em texto, mas conta com um ou outro momento de narração áudio talvez para não se distanciar muito do misticismo da série onde os diálogos entre personagens não vão além de algumas interjeições.
Antes de iniciar a batalha é apresentada uma visão geral da missão que inclui informações dos generais, dos inimigos e aliados assim como os postos de controlo, condições de vitória e derrota, o mapa do terreno e tutoriais. Elementos bem definidos e nada estranhos a quem conhece o género. No campo de batalha tudo se processa de modo semelhante a um qualquer titulo da série Warriors. Os objectivos nem sempre exigem conquistar todo o território, por vezes são específicos a derrotar um determinado inimigo que surja a meio da guerra. Apesar da grande dimensão, a Nintendo escolheu colocar todos os locais o mais próximo possível para que o jogador não seja obrigado a trilhar quilómetros para chegar ao objectivo. A velocidade das personagens em corrida é generosa que baste para não perder muito tempo de um lado para o outro e neste campo, a ajuda da Nintendo poderá ter sido crucial para o trabalho final pois este é um ponto crítico em qualquer jogo do género e que pode afastar alguns jogadores se o ritmo de progressão for constantemente interrompido.
Os combos cingem-se a dois botões de ataque para golpes fortes e fracos. A mistura entre ambos desencadeia movimentos diferentes mas com um esquema semelhante para todas as personagens. Em vez de ser o nível das personagens a ditar o acesso a novas combinações, são antes utilizados os crachás que podem ser desenvolvidos num bazar e que permitem aceder a novos movimentos e melhorar o ataque, a defesa e suporte. Estes são criados com rupias e materiais que se apanham ao longo das batalhas. A acção é rápida e os generais conseguem ser um bom desafio. Enquanto os inimigos comuns são derrotados facilmente, alguns dos generais em campo oferecem resistência e padrões que têm de ser quebrados. Assim que conseguimos quebrar a sua defesa, surge um ícone que permite desferir um golpe mais poderoso depois de alguns movimentos. Isto também acontece nos bosses que exigem estratégias diferentes, algo a que os fãs de Zelda já estão habituados. Ao longo da aventura vamos acedendo a novas armas com diferentes habilidades e algumas com efeitos que para serem desbloqueados colocam um determinado objectivo a cumprir. Estes objectivos são semelhantes às conquistas incluídas no jogo onde temos que derrotar mil inimigos, cortar mil pedaços de erva ou cem adversários com um ataque especial. Alguns dos campos de batalha, principalmente em determinadas zonas fechadas, contêm certos elementos que por vezes tapam a visão do jogador, o que pode ser algo irritante.
No modo aventura encontram-se diversas missões num mapa alusivo ao Legend of Zelda original. Nestas missões alguns dos mapas incluem recompensas especiais que se podem conquistar ao vencer o desafio com uma determinada classificação.
Por agora, Hyrule Warriors parece ser uma aposta segura, mas numa futura análise mais a fundo daremos o veredicto final.