
ANÁLISE
Castle Conqueror Defender
O destino de uma nobre terra.
Por António Branquinho a
A CIRCLE Entertainement voltou a lançar um jogo da série Castle Conqueror e desta feita a honra coube a Castle Conqueror Defenderpara a eShop da 3DS. Ao contrário dos outros jogos da saga Castle Conqueror, Defender não é um RTS mas antes um Tower Defense Game. Ainda assim, mantém-se a sensação que muitos dos conceitos e ideias que a CIRCLE utilizou nos seus RTS passaram para este Defender… e a verdade é que essa viagem não correu sem percalços.
Defender apresenta três modos de jogo mas isto acaba por ser completamente irrelevante, já que todos os modos se desenrolam da mesma forma e apenas a história e o desenho dos inimigos se altera… ou seja, todo o jogo poderia estar numa única campanha sequencial em vez de estar dividido em três modos distintos.
No início de cada nível o jogador recebe uma fortificação e um grupo de soldados que tem de defender das cinco vagas de inimigos que se seguem. Regra geral, as fortificações estão pensadas para um RTS e não para um tower defense e como tal o jogador irá acabar por repetir sempre o mesmo processo de vender todas as edificações que possuía para poder construir de raiz aquela que considera ser a melhor. Esta configuração será praticamente idêntica para todas as situações. É que apesar de o jogo disponibilizar uma série de tipos distintos de combatentes, edificações e de armadilhas, a forma mais eficaz de o concluir é edificar uma muralha ao longo de todo o comprimento do nível, colocar-lhe arqueiros em cima (e existem três tipos de arqueiros), uns quantos espigões à frente da muralha para atrasar o avanço dos inimigos, e nos níveis mais avançados umas torres de defesa junto às muralhas… depois é só esperar que as vagas de inimigos choquem com a muralha e vão morrendo.Os controlos na edificação da cidade não são muito precisos, mas como o jogador tem todo o tempo que precisa para construir a edificação, isto não é problemático. Já durante o jogo é suposto ser possível o jogador movimentar os lutadores para onde desejar… mas só pode escolher um de cada vez, sendo difícil de seleccionar o combatente que pretende e para onde o dirigir. O melhor mesmo é ignorar esta possibilidade e focar-se na construção de uma fortificação que não necessite de movimentos de guerreiros.
Fora dos combates é possível utilizar o dinheiro para fazer upgrades aos lutadores e edifícios. No entanto, é preferível realizar essas operações aos elementos que se utilizam regularmente e quando houver dinheiro de sobra, já que o jogador arrisca-se a começar o nível seguinte sem dinheiro suficiente para construir uma edificação capaz de aguentar os ataques do inimigo.
Em termos de narrativa, Castle Conqueror Defender apresenta uma história que até tem algum interesse, situando-se nos tempos do Rei Ricardo de Inglaterra e com as cruzadas como pano de fundo. Infelizmente a história é apresentada num ecrã de texto antes de cada nível de uma forma tão desenxabida que serão muito poucas as pessoas que não a vão passar automaticamente à frente. A nível gráfico e sonoro, o jogo não desilude mas também não seduz. Todo o grafismo encontra-se bem feito, com boa direcção artística e o ambiente sonoro também não desmotivará ninguém, mas sem ter nada de memorável nesses departamentos.
Conclusão
Este Castle Conqueror Defender pode exercer uma certa atracção aos grandes fãs do género que já jogaram tudo o que há para jogar dentro dos jogos conhecidos como tower defense. Apesar disso, a utilização repetitiva das mesmas personagens e a falta de exploração do uso das outras vai tornar o jogo repetitivo e aborrecido a longo prazo.
O melhor
- Sistema de upgrades
- Muitas personagens e edifícios…
O pior
- …que nunca utilizarão por serem ineficientes
- Repetitivo
25 de Janeiro, 2015, 23:58
Os pontos negativos e toda a analise está correcta, mas mesmo assim acho que esta um jogo razoavel e mesmo com aqueles defeitos todos é para mim o melhor tower defence da 3ds.
Quem gostar de tower defence acho que nao vai ficar desiludido.