
ANÁLISE
Gunman Clive 2
Uma novíssima aventura...agora a cores!
Por António Branquinho a
Dois anos depois do lançamento do jogo original, a Horberg Productions presenteia os jogadores com Gunman Clive 2 na eShop da 3DS. Tal como o original, Gunman Clive 2 é um jogo de plataformas inspirado no estilo da série Megaman. A grande diferença é uma direcção artística única, imitando desenhos a lápis, que imediatamente distingue este jogo de tudo o que existe no mercado e lhe atribui um carisma especial.
São vinte e cinco níveis por onde se conduzem Clive, Ms. Jonhson ou o novato Chieftain Bob. Para além destas três personagens ainda é possível desbloquear uma personagem secreta, já conhecida de quem terminou o primeiro jogo. Para tal basta, como acontecia no original, terminar o jogo mais uma vez. Apesar de não existir variação nos níveis consoante a personagem utilizada (excepto no caso da personagem secreta que não luta contra os bosses) a verdade é que todas elas se controlam de forma tão distinta que cada vez que se tenta acabar o jogo com uma personagem diferente, fica a sensação de se estar a jogar algo totalmente distinto da vez anterior. Clive controla-se tal como seria de esperar, anda e salta normalmente e dispara a sua pistola. Ms. Jonhson volta a poder usar a sua saia para amparar a queda e assim manter-se mais tempo no ar. A personagem secreta mantém-se também com os seus saltos mais longos e sem ataque. Já Chieftain Bob é a personagem com a qual é mais difícil terminar o jogo, uma vez que apenas possui uma lança que usa para atacar a curta distância. Para além de todas estas distinções, o jogo tem ainda três níveis de dificuldade, que variam a energia retirada em cada ataque.A jogabilidade encontra-se muito bem afinada e todos os movimentos das personagens ocorrem com a fluidez desejada. Por vezes o jogo inova em alguns níveis mas em alguns casos isso pode tornar-se irritante, especialmente em dois níveis aéreos por onde é preciso voar num visual semelhante a Starfox. Não se trata de um mau desenho dos níveis, mas quem jogar Gunman Clive espera encontrar níveis de plataformas e não níveis aéreos. Já o nível do carro de mina ou outro que se percorre montado num panda não parecem ser um remendo tão grande como os aéreos e acabam por se integrar no jogo.
Visualmente Gunman Clive 2 é uma obra de arte em movimento, todo o jogo tem uma enorme atenção ao detalhe e se for visualizado em 3D apenas tem a ganhar, já que torna todo o cenário muito mais vivo. A nível sonoro não existem temas memoráveis mas a banda sonora cumpre a sua função de manter o jogador empolgado no combate. Já a longevidade é mais uma vez o seu calcanhar de Aquiles, sendo possível terminá-lo com uma personagem em pouco menos de duas horas. No entanto, ao tentar acabá-lo uma vez com cada uma das personagens (uma vez que todas se comportam de forma distinta) essas duas horas convertem-se em oito.
Conclusão
Os fãs de Gunman Clive não vão ficar desiludidos com a sequela. Pelo contrário, vão vivenciar um pouco mais da magia que tanto apreciaram no primeiro jogo e novamente a um baixo preço. Quem nunca experimentou o primeiro jogo tem aqui uma excelente oportunidade, já que conhecer o anterior é indiferente para o enredo.
O melhor
- Estilo gráfico único
- Desafio e diversão em doses saudáveis
O pior
- Reduzida longevidade
14 de Fevereiro, 2015, 14:46