
ARTIGO
Super Mario Galaxy 2 - Retrospectiva
Um dos melhores jogos de sempre.
Por Diogo Caeiro a
A série Super Mario começou no género de plataformas a duas dimensões e passou para um mundo tridimensional em Super Mario 64. Após onze milhões de cópias vendidas, não iria ser surpresa nenhuma quanto ao facto de a gigante nipónica começar a desenvolver novos jogos da saga em 3D. Apesar da excelente recepção aquando do lançamento de um novo título, nenhum me marcou tanto como Super Mario Galaxy 2, originalmente lançado em 2010 para a Nintendo Wii, que se encontra também disponível na eshop da Nintendo Wii U.
Super Mario Galaxy 2 é tudo o que uma sequela deve ser, e talvez mais um pouco. Pegando na fórmula que fez o seu antecessor um sucesso, deriva dela o suficiente para que o jogador sinta uma experiência nova, mantendo-se fiel ao que tornou o anterior tão genial.
Sim, a princesa Peach foi raptada novamente e sim, tem que ser salva mais uma vez. Algo conhecido, certo? Neste departamento, pouco mudou. Ignorando os acontecimentos do primeiro jogo, Bowser está agora mais poderoso do que nunca e cabe ao jogador vencê-lo de novo. Se a narrativa fosse retirada a diferença seria mínima, pois o que realmente queremos é começar a desbravar os mais de setenta níveis que esta nova entrada tem para nos oferecer.Nada mudou em cinco anos, este continua a ser o derradeiro jogo de plataformas em 3D. A precisão dos controlos continua a ser um dos seus pontos mais fortes, tornando-o extremamente agradável e satisfatório de ser explorado. Os power-ups, novos ou já conhecidos, continuam a marcar os níveis e são essenciais para a sua progressão, ao mesmo tempo que são divertidos e quebram a clássica jogabilidade a que o jogo nos acostumou. Conta ainda com a adição de Yoshi, que originou novos níveis que não pensava sequer possíveis quando completei o original em 2007.
Para além do desenho de níveis e do processo criativo que envolveu a sua criação, a maior mudança do original para esta segunda entrada é certamente a exigência que este acarreta em relação ao seu antecessor. Pode deixar muitos jogadores frustrados por ser genuinamente difícil no que toca à sua abordagem a partir de um certo ponto, e isso é algo que considero muito positivo, pois demonstra que não tem medo de usar novas ideias e mecânicas de forma a tornar o jogo no seu todo algo fresco e não estagnar ao fim de algumas galáxias. É um jogo que tenta constantemente surpreender e inovar relativamente ao que ofereceu há dez níveis atrás, o seu maior trunfo no que toca ao pensamento por detrás de cada nível. Com o desenrolar da aventura, é construído um padrão sobre o que poderemos esperar dos níveis seguintes. Novamente, Super Mario Galaxy 2 vai mais longe comparativamente à concorrência, alterando tudo o que foi fundamentando à medida que foi jogado, tornando-o imprevisível e surpreendente, até mesmo ousado, considerando a forma como o faz.Visualmente é um marco. Conta com valores de produção altíssimos e uma sensação de perfeição que só comprova que “ninguém o faz como a Nintendo”. A sua selecção musical continua ainda um produto de excelência, completamente orquestrada, com um sentimento mais épico na sua composição. Embora a perfeição não seja possível de ser alcançada, afirmo com orgulho que Super Mario Galaxy 2 atenta seriamente à credibilidade dessa afirmação.
Caso tenham curiosidade, consultem aqui a análise do FNintendo.