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ANÁLISE
Azure Striker Gunvolt
Doses de acção frenética.
Por Diogo Caeiro a
Das mãos da produtora Inti Creates, responsável pelas séries Mega Man Zero e Mega Man ZX, chega Azure Striker Gunvolt, título exclusivo da 3DS lançado na sua loja digital. Depois de apenas estar disponível em território americano, a espera finalmente terminou e todos os fãs europeus do pequeno homem azul podem finalmente saciar a sua sede por uma nova aventura, mesmo que o protagonista desta vez seja algo diferente.
Uma das principais diferenças entre os protagonistas das duas séries vem sob a forma de como o combate se desenrola. Enquanto que na série Mega Man o herói possui um braço-canhão para eliminar os inimigos, em Azure Striker a arma serve simplesmente para marcar os inimigos. Assim que os inimigos são marcados, o verdadeiro poder de Gunvolt é activado, com uma emissão de ondas eléctricas que apenas afectam quem tiver sido marcado inicialmente.
Felizmente, tanto a velocidade com que se progride em cada nível como a fluidez com que se executa cada movimento não são afectadas por este tipo de combate. A forma como os níveis estão estruturados relembra muito os seus antecessores e de forma positiva. É possível jogar qualquer secção do jogo na ordem que se quiser e no final de cada uma enfrenta-se um boss, cada um com as suas próprias técnicas, atributos e aspecto, facilmente uma das melhores componentes do jogo.Outra componente associada à jogabilidade corresponde ao uso de power-ups e técnicas específicas adquiridas à medida que o jogador faz evoluir a sua personagem. É bastante positivo que exista um leque recheado de opções disponíveis de forma a tornar a experiência mais única para o jogador, mas não há níveis que aproveitem o uso de cada técnica individualmente, o que torna muitas delas inúteis e obsoletas quando comparadas com outras mais úteis. Não que seja um ponto necessariamente mau, mas acaba por desiludir tendo em conta a forma como poderiam ter sido aproveitadas.
No que toca à narrativa, não há muito a apontar exceptuando o facto de que se não existisse, o jogo talvez saísse a ganhar. A própria existência de um enredo já retira alguma atenção ao que realmente importa neste tipo de jogos - jogar e vivenciá-lo pelo que é, factor que é algo abalado por sentir constantemente que os diálogos e a progressão da história são algo inúteis quando colocados no panorama geral. Destaque para a tradução, que apesar de ter sido feita em português do Brasil é bastante competente.Apesar da campanha ser de curta duração, os jogadores são incentivados a completar novamente os níveis de forma a obter uma pontuação mais alta ou ganhar equipamento. Existe também um sistema que contabiliza o tempo demorado para terminar um nível e que o acrescenta à pontuação final, assim como uma lista de desafios por nível, o que estende a longevidade do título para quem está pronto para algo mais desafiante.
Tecnicamente é soberbo, principalmente comparado com a maior parte da oferta da eShop 3DS, simplesmente melhor não existe. Cores vivas e bem distribuídas, cenários variados e animações fluídas estão presentes ao longo de todo o jogo e com uma excelente banda sonora a acompanhar, apenas pecando pela parca variedade de inimigos.
Conclusão
Uma experiência muito agradável quer para apreciadores do género ou apenas para quem procure reviver algumas aventuras que encontrou em títulos da série Mega Man, há um pouco de tudo e para todos. Aparentemente superficial, o combate é único e profundo, o nível de dificuldade é correcto e a fluidez com que o jogo se desenvolve é perfeita para o género.
O melhor
- Combate único e profundo
- Bons valores de produção
- Recompensa a exploração
O pior
- Diálogos algo insípidos
- Variedade de inimigos reduzida