
ARTIGO
Antevisões Wii U 2015
Jogámos alguns dos jogos mais importantes para os próximos meses.
Por FNintendo a
A convite da Nintendo Portugal, o FNintendo teve acesso às demonstrações de alguns jogos que estiveram presentes na E3 2015 e que serão lançados nos próximos meses para a Wii U.
Ficámos a conhecer melhor títulos como Mario Tennis: Ultra Smash, Star Fox Zero e Super Mario Maker.
Mario Tennis: Ultra Smash
A série Mario Tennis completa vinte anos de existência em 2015 e a Nintendo aproveitou a oportunidade para anunciar o sétimo título, Mario Tennis: Ultra Smash, que se irá estrear na Wii U e que tem por base a mecânica já conhecida dos anteriores, ou seja fácil de pegar e jogar por qualquer pessoa. O método de simplificação continua presente com um dos botões a efectuar a melhor raquetada para qualquer situação de jogo. Esta divisão permite que os jogadores optem por uma abordagem mais ou menos exigente. Na demonstração que experimentámos apenas as opções disponíveis para multijogador apenas incluíam singulares ou pares.
Todo o ambiente gráfico é extremamente colorido e cheio de elementos reconhecíveis do universo Super Mario. O super poder disponível era o cogumelo gigante, que surge aleatoriamente em campo e deixa as personagens enormes. Nesta situação é mais fácil para o jogador chegar à bola. No caso do jogador mais próximo do ecrã, ou seja na metade do campo inferior, torna difícil ver a bola, o que de início é um pouco confuso. No geral a demonstração foi curta e não deu para entender as verdadeiras inovações de um jogo que para já parece muito semelhante aos anteriores.
Skylanders SuperChargers
Skylanders SuperChargers, quinto título da série de sucesso Skylanders, traz algumas novidades: veículos e duas figuras vindas directamente do universo Nintendo.
O modelo de jogo continua o mesmo, por isso os fãs certamente que ficarão contentes. Está de volta a habitual exploração e acção com secções de plataformas. Desta vez, com a entrada de veículos, a aventura é mais ampla e decorre em terra, no céu e no mar. Há um novo portal que permite juntar veículos e figuras, imensas novas figuras para coleccionar, com ainda maior personalização e será ainda compatível com as mais de 300 já lançadas.
Tecnicamente o jogo precisa ainda de algum polimento. Do que foi possível experimentar na Wii U, a fluidez deixava muito a desejar e notava-se um efeito "blur" em excesso.
O destaque máximo para as versões lançadas nas plataformas Nintendo acaba por ser a presença de Bowser e Donkey Kong tal como as suas viaturas. Estas figuras funcionam em dois modos diferentes, o modo amiibo e modo skylander. O design e o material de construção das figuras é que deixa algo a desejar. Podemos dizer que parecem mais feias que as congéneres amiibo.
Skylanders SuperChargers pega numa fórmula já conhecida (e algo gasta) e tenta expandir a franquia para outros campos. A colaboração com a Nintendo é interessante, mas o produto experimentado deixou um leve sabor a desilusão.
Star Fox Zero
Star Fox tem inúmeros fãs junto da comunidade de seguidores Nintendo. O regresso da série na Wii U e num formato HD cria sempre uma grande expectativa, sendo ainda um dos títulos mais importantes para o final de ano da consola da Nintendo.
A versão a que tivemos acesso oferecia um pequeno tutorial e dois níveis. Devido às especificidades da jogabilidade, arrancar pelo tutorial é muito aconselhável.
Como foi anunciado na E3, o destaque de Star Fox Zero vai para o uso dos dois ecrãs: o da televisão e o do GamePad. A televisão oferece a visão mais tradicional de um shooter, enquanto o pequeno ecrã do GamePad serve para mostrar o cockpit da nave e o controlo da mira. Esta necessidade de alternar o olhar entre os dois ecrãs torna o jogo mais difícil do que o esperado. Agrava-se ainda o facto de a demo apenas possibilitar os controlos por movimentos, o que obriga a uma movimentação constante do GamePad para definir a mira, conjugado com os analógicos para o movimento da nave. A jogabilidade exige um período longo de habituação mas acreditamos que pode ser recompensador quando dominada.
Graficamente o jogo está longe de aproveitar o potencial da Wii U. Mesmo tendo em conta a magnífica fluidez e o uso de dois ecrãs, o visual deixa algo a desejar, nomeadamente a nível de texturas. A avaliação gráfica também fica condicionada pela televisão usada, que não faz jus a uma consola de alta definição.
A participação da Platinum Games na produção de Star Fox Zero dá garantias que o produto final terá qualidade mas ainda subsistem muitas incógnitas que deverão ser esclarecidas em breve. Um título com potencial que oferece acção tipicamente Star Fox, mas que ainda precisa de algum trabalho pela frente.
Super Mario Maker
Quando Mario Maker foi mostrado na E3 passada muitos acharam a ideia interessante mas sempre ficou a dúvida no ar daquilo que seria possível atingir neste editor, dada a simplicidade do que foi mostrado. Super Mario Maker voltou nesta E3 cheio de força e com muito para mostrar de forma a provar que os receios não tinham fundamento.
Além de um editor extremamente intuitivo e funcional, agora com uma série de novidades, algo que se viu pela primeira vez foi todo o ecossistema em que os níveis criados pelos utilizadores e pela Nintendo são distribuídos. Além de funcionalidades mais esperadas, como jogar uma série de níveis aleatórios, existe uma série de filtragens sobre aquilo que é visto, pode-se escolher entre os níveis mais recentes, os que se encontram em destaque e os mais votados pelos utilizadores. Entre estes pode-se até fazer uma segunda filtragem pela dificuldade, pelo tipo de Mario utilizado, entre outros. Cada nível escolhido mostra também quem é o seu criador, podendo-se ver todos os que já foram submetidos por essa pessoa ou adicioná-la a uma lista de favoritos de forma a ver cada vez que esse jogador adicionar um novo nível e é também possível guardar localmente um mapa de que se tenha gostado. Existem ainda informações como o número de mortes e o número de tentativas por cada nível.
A versão que nos foi mostrada já se encontrava com a maioria destas mecânicas em funcionamento e encontrar novo conteúdo foi fácil e intuitivo enquanto se navegava por aquilo que tinha sido criado pela Nintendo. No geral, notou-se uma série de funcionalidades pouco esperadas, conhecendo o lado mais conservador da Nintendo mas que surpreendemente estão presentes e se mostraram bastante capazes.
Apesar da jogabilidade já conhecida de todos e de se saber que se tratava apenas de uma demonstração. os níveis já existentes surpreenderam constantemente e só deixaram vontade de ter um mar de conteúdo para explorar.
Super Mario Maker é sem dúvida a maior aposta da Nintendo para este ano. Resta saber por quanto é que será vendido e se será capaz de filtrar conteúdo de menor qualidade. Ao contrário do que previa, a expectativa para este título disparou depois de se ter experimentado.