
ANÁLISE
1001 Spikes
Obstáculos mortais.
Por Fábio Pereira a
1001 Spikes é um jogo de plataformas com um visual retro e bastante pixelizado que chegou para relembrar os jogadores de como um bom desafio não tem idade. O aspecto geral do jogo é clássico, segue a história de Aban Hawkins que recebe um mapa com a localização de um tesouro antigo e parte à aventura para o encontrar. O problema são as armadilhas e obstáculos que vai encontrar pelo caminho.
O modo principal tem um desenvolvimento natural com 30 níveis e uma dificuldade crescente. Mesmo podendo escolher um modo fácil ou normal a dificuldade é acentuada quanto mais próximo o jogador estiver do fim. A cada nível tem de se seguir de um ponto inicial até se chegar a uma porta mas pelo caminho tem de se apanhar uma chave que a permita abrir. Como bónus encontra-se ainda uma máscara dourada escondida algures no percurso. Estas máscaras desbloqueiam extras onde se incluem fatiotas alusivas a personagens como Super Mario ou Ryu, com direito a movimentos e efeitos sonoros a condizer, ou personagens alternativas nas quais se incluem Commander Video de Bit Tip Runner ou Sugimoto de Tempura of the Dead.O modo principal apenas pode ser jogado com o protagonista e as habilidades normais mas em alternativa é possível jogar os mesmos níveis com outras personagens e recolher dinheiro para comprar mais coisas. A nível de conteúdo o jogo está muito bem servido. Tem modos de jogo distintos para até quatro jogadores e diversas personagens com habilidades únicas.
Os níveis são aparentemente pequenos mas perde-se tantas vezes até descobrir o padrão correcto que a longevidade acaba por aumentar. O jogo tem um esquema de tentativa e erro que não dá grande margem de manobra mas não chega a ser frustrante porque o jogador consegue aprender e corrigir o seu avanço até dominar o nível por completo. O desenho dos níveis é exemplar e todos os perigos são introduzidos aos poucos para que o jogador tenha tempo de se habituar. Claro que eventualmente os mais impacientes vão sentir vontade de desligar a consola mas o jogo aposta na memorização do nível com alguma exploração inicial passando pela chave e máscara dourada. Depois de assimilados todos os passos a seguir o nível termina-se com alguma facilidade, dependendo somente da habilidade do jogador para acertar os tempos e saltos.Os restantes modos são alternativas de orientação para subir ao topo de uma torre com um número limitado de vidas numa progressão semelhante a Ice Climbers ou apanhar moedas dentro de uma sala cheia de armadilhas ao estilo Mario Bros. mas tudo dentro de um esquema de plataformas 2D. Como todos os modos podem ser jogados com os amigos pode-se considerar 1001 Spikes um desafio muito interessante a nível de multijogador onde o avanço nos níveis muda consideravelmente mesmo sem que nada na sua estrutura seja alterado. Infelizmente não inclui um modo online.
Conclusão
1001 Spikes é uma das melhores propostas dentro do género e quem procura um jogo de dificuldade elevada e desafio garantido pode ir de imediato dar um saltinho à eShop. Os menos habituados a estas andanças podem desenvolver alguma frustração nos níveis avançados e perder a vontade de jogar. Tem muita variedade de modos de jogo, várias personagens com habilidades diferentes, multijogador divertido e toda uma apresentação bem trabalhada. Uma aventura muito recomendada.
O melhor
- Jogabilidade simples e bem conseguida
- Modo multijogador divertido
- Conteúdo variado para desbloquear
O pior
- Os menos habituados ao género podem achar frustrante a curto prazo
5 de Novembro, 2015, 21:18