
ANÁLISE
TRON: Evolution
DS
Por João Tavares a
Acabadinho de chegar a terras lusas, TRON é a mais recente película dos estúdios Disney, e como já é praxe a parte cinematográfica faz-se acompanhar de várias versões jogáveis. Além da Wii, também a DS teve direito à sua versão, que se apresenta como título de acção modesto e sem surpresas para os mais experientes nestas andanças.
Controlando um novo programa com o objectivo de manter o sistema livre de ameaças, o jogador dirige a sua personagem com recurso ao D-Pad, deixando todas as restantes acções para o estilete. O jogo apresenta igualmente um modelo para canhotos, em que os botões ABXY substituem a cruz direccional. Qualquer um dos gatilhos tem a cargo uma tarefa defensiva, que não será usada muitas vezes, tal a facilidade da maioria dos combates.

A jogabilidade vai variando, mas a qualidade nem por isso. Sempre mediana.
Controlando um novo programa com o objectivo de manter o sistema livre de ameaças, o jogador dirige a sua personagem com recurso ao D-Pad, deixando todas as restantes acções para o estilete. O jogo apresenta igualmente um modelo para canhotos, em que os botões ABXY substituem a cruz direccional. Qualquer um dos gatilhos tem a cargo uma tarefa defensiva, que não será usada muitas vezes, tal a facilidade da maioria dos combates.


A jogabilidade vai variando, mas a qualidade nem por isso. Sempre mediana.
Mergulhando no cerne da jogabilidade, não há muito a dizer face à desinspiração patente ao longo da aventura. Apesar dos diversos upgrades, a panóplia de movimentos ao dispor é muito pequena e peca por falta de fluidez. Os controlos parecem presos, o que torna os combates desinteressantes e até desmotivantes. Em TRON: Evolution a principal arma é o popular disco, e apesar de podermos lançá-lo de diferentes formas, nunca iremos sentir um tempo de resposta satisfatório, parecendo tudo demasiado forçado.
Além dos combates, existem alguns enigmas que giram em torno do uso de cores. Perdi a conta ao número de portais em que entrei para ganhar cor X, para então poder activar o manípulo de igual cor, e tudo porque TRON é muito pouco criativo nos seus quebra-cabeças. Ao longo das sensivelmente cinco horas de jogo sentirão que estão a fazer constantemente a mesma coisa, com um evento diferente a ocorrer esporadicamente mas cuja qualidade deixa sempre a desejar.
Onde a jogabilidade varia substancialmente é nos painéis que temos de “piratear”, unindo os chips da mesma cor rodando grelhas com passadiços. Uma pequena lembrança dos velhinhos jogos de Pipeline.
Como não podia deixar de ser, estão presentes as famosas corridas de motas. A má notícia é que não apresentam desafio de qualquer tipo, bastando deambular livremente pela arena até o adversário esbarrar no rasto do nosso veículo. Sim, é possível fazer as míticas voltas de 90º, mas a necessidade para tal acrobacia é simplesmente zero. Todo o jogo peca por uma falta de dificuldade gritante, estando tudo confinado ao patamar mais básico possível.
Além das motas existem desafios secundários com tanques e corridas de naves, mas nenhum traz a esta ementa dietética algo com substrato. Estes minijogos podem ser apreciados fora da campanha e até na companhia de um amigo que tenha outro cartucho de jogo. Aconselhável? Pouco. Têm mais com que se entreter dentro da consola, não faltando opções bem melhores para o caso de quererem jogar a dois.

Existem vários minijogos. Infelizmente são pouco interessantes.
Onde TRON consegue roçar o bom é no campo gráfico, com cenários que impressionam pela sua enormidade e que fazem jus ao nome, apesar de contrastarem com modelos de personagens bastante pobres e desinspirados. As animações também são mínimas e as poucas existentes muito fracas. Não sei o que é que puseram dentro das calças do nosso herói, mas o rapaz corre como se estivesse ali algo de errado. Contudo, o ambiente geral é capaz de agradar a todos os fanáticos de TRON e é pena que o aspecto não seja sustentado por uma mecânica de jogo também agradável.
Já por seu lado, os efeitos sonoros são medíocres e os temas musicais nada diversificados, não demorando muito tempo até o jogador eliminar por completo o som da sua experiência.
Além dos combates, existem alguns enigmas que giram em torno do uso de cores. Perdi a conta ao número de portais em que entrei para ganhar cor X, para então poder activar o manípulo de igual cor, e tudo porque TRON é muito pouco criativo nos seus quebra-cabeças. Ao longo das sensivelmente cinco horas de jogo sentirão que estão a fazer constantemente a mesma coisa, com um evento diferente a ocorrer esporadicamente mas cuja qualidade deixa sempre a desejar.
Onde a jogabilidade varia substancialmente é nos painéis que temos de “piratear”, unindo os chips da mesma cor rodando grelhas com passadiços. Uma pequena lembrança dos velhinhos jogos de Pipeline.
Como não podia deixar de ser, estão presentes as famosas corridas de motas. A má notícia é que não apresentam desafio de qualquer tipo, bastando deambular livremente pela arena até o adversário esbarrar no rasto do nosso veículo. Sim, é possível fazer as míticas voltas de 90º, mas a necessidade para tal acrobacia é simplesmente zero. Todo o jogo peca por uma falta de dificuldade gritante, estando tudo confinado ao patamar mais básico possível.
Além das motas existem desafios secundários com tanques e corridas de naves, mas nenhum traz a esta ementa dietética algo com substrato. Estes minijogos podem ser apreciados fora da campanha e até na companhia de um amigo que tenha outro cartucho de jogo. Aconselhável? Pouco. Têm mais com que se entreter dentro da consola, não faltando opções bem melhores para o caso de quererem jogar a dois.


Existem vários minijogos. Infelizmente são pouco interessantes.
Onde TRON consegue roçar o bom é no campo gráfico, com cenários que impressionam pela sua enormidade e que fazem jus ao nome, apesar de contrastarem com modelos de personagens bastante pobres e desinspirados. As animações também são mínimas e as poucas existentes muito fracas. Não sei o que é que puseram dentro das calças do nosso herói, mas o rapaz corre como se estivesse ali algo de errado. Contudo, o ambiente geral é capaz de agradar a todos os fanáticos de TRON e é pena que o aspecto não seja sustentado por uma mecânica de jogo também agradável.
Já por seu lado, os efeitos sonoros são medíocres e os temas musicais nada diversificados, não demorando muito tempo até o jogador eliminar por completo o som da sua experiência.
Conclusão
Em certas alturas é possível antever que a n-Space tentou fazer um bom trabalho com esta adaptação, mas o resultado final está longe de ser positivo. Com uma jogabilidade simplesmente aborrecida, TRON: Evolution é uma experiência que se faz apenas valer dos seus visuais para fazer jus à franquia que representa. Exigia-se mais e encontrarão bem melhor na portátil da Nintendo.
O melhor
- Jogabilidade tenta variar
- Fãs de Tron vão-se identificar com o ambiente
- Diversos modos multijogador
O pior
- Sonoramente muito pobre
- Controlos pouco fluidos
- Puzzles repetitivos e nada desafiantes