
ANÁLISE
Ziggurat
Feitiçarias na primeira pessoa.
Por Diogo Caeiro a
Ziggurat é um jogo com uma premissa bastante interessante onde se encarna um jovem feiticeiro que procura concluir um rito de passagem constituído por vários desafios ao longo de níveis gerados de forma aleatória, tudo numa perspectiva de primeira pessoa.
Tal como outros rogue-likes, o objectivo é chegar ao final da masmorra inteiro, pelo que ao longo do nível o jogador depara-se com inimigos e outros obstáculos a enfrentar. A personalização da personagem no que diz respeito ao equipamento, habilidades e outras componentes está presente e caso o jogador morra antes de alcançar o objectivo, volta ao início da aventura independentemente do local onde estava.A estrutura de jogo nunca se altera de forma significativa. Cada andar é composto por várias salas e corredores que o jogador tem de percorrer até chegar à sala final onde o respectivo boss desse andar se encontra. Depois de o vencer, avança-se para o próximo nível e assim sucessivamente até concluído o jogo. A jogabilidade é também muito simples e bastante rápida, visto que bebe mais de First Person Shooters do que de RPG’s do género, o que lhe adiciona uma vertente de acção não muito comum para o estilo e o torna também mais acessível para todos aqueles que não querem ser bombardeados com menus e outros elementos complexos, imagem de marca deste género de jogos. De notar também que embora inicialmente apenas se possa optar por uma personagem básica masculina ou feminina, outras mais serão desbloqueadas consoante o número de sessões de jogo, o que incentiva constantemente a reiniciar uma vez mais a aventura para experimentar uma nova personagem desbloqueada e tentar todas as combinações possíveis de armas e habilidades, conferindo um estilo único e diferente a cada experiência. O facto de não ser muito longo é também muito bem-vindo. Outras variações no jogo vêm dos boosts que se encontram em certas salas ou depois de derrotar certos inimigos. Desde mana infinita a danos superiores, existem muitas opções que podem alterar de imediato a situação em que o jogador se encontra.
Graficamente está bem conseguido, com um esquema de cores bastante agradável à vista. Vários efeitos ocorrem no ecrã e alguns momentos são mesmo de abrir a boca, tendo em conta a natureza do jogo. Infelizmente existem algumas quedas de fotogramas que por vezes ocorrem nas piores alturas, particularmente em batalhas em que a precisão é muito importante. Alguns problemas com certas texturas também se notam mas são bastante raros e não muito fáceis de identificar. A única funcionalidade extra para o GamePad é o Off-TV play.
Ziggurat certamente vai agradar a todos os que gostam de jogos de acção e fantasia, visto ser mais FPS que propriamente um RPG tradicional. O facto de ser constantemente gerado de forma aleatória torna cada sessão refrescante e imprevisível. Essa característica, aliada à quantidade de possibilidades ao dispor, resulta num título que vai manter os jogadores contentes durante bastante tempo.
Conclusão
Frenético e divertido, Ziggurat é uma recomendação óbvia a todos que tenham um mínimo de interesse em jogos deste género. Apesar de não muito forte na componente RPG, o equilíbrio entre esta e a jogabilidade FPS está bem implementado e por ser uma experiência curta, ainda mais incentivos existem para ser repetido várias vezes. Só peca por alguns problemas técnicos.
O melhor
- Bom aspecto visual
- Jogabilidade divertida
- Incentivos à sua repetição
O pior
- Pouca integração com o GamePad
- Alguns problemas técnicos nesta versão
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Wii U, gentilmente cedido pela Nintendo.