
ANTEVISÃO
ARMS
Braços extensíveis.
Por Diogo Caeiro a
ARMS é certamente um dos jogos mais rodeado por dúvidas e incertezas deste catálogo inicial anunciado para a nova consola da Nintendo. Adoptando um estilo visual muito próprio e reminescente de Splatoon, o seu conceito base passa por colocar jogadores frente a frente em arenas de combate em que as únicas armas são os seus braços extensíveis que actuam de diferentes formas e possuem diferentes propriedades tendo em conta a forma como artilhamos a personagem escolhida antes de cada ronda se processar.
Com um claro foco nos controlos por movimentos através dos dois Joy Con que a consola base oferece, o consenso a que a grande maioria dos jogadores chegou foi de que se tratava apenas de uma versão glorificada do mini-jogo de Boxe em Wii Sports, surgindo também as ocasionais (e de certa forma inevitáveis) comparações com Punch-Out!!. No entanto, depois de experimentar uma pequena demo que disponibilizava cinco lutadores diferentes e a possibilidade de personalizar o seu arsenal, mesmo que de forma simples, os receios dissipam-se depois de terminado um combate. Em suma, ARMS não só é uma experiência refrescante mas também muito divertida e um parceiro natural para o potencial que a Nintendo tanto quis evidenciar nos seus pequenos novos comandos.A movimentação é natural e simples, bastando virar ambos os comandos para o lado que queremos deslocar para a personagem responder de forma precisa e imediata. Animações e fluidez das personagens estão também asseguradas, seja a saltar, deslizar de forma rápida de ataques inimigos ou a bloquear investidas inimigas. Para além disso, atingir um adversário com diferentes combinações de socos é um processo rápido e que requer uma quantidade aceitável de prática e habilidade consoante o tempo passado com o título aumenta. Existem vários combos possíveis de executar e discernir entre o movimento a efectuar a seguir é um processo que se torna natural muito rapidamente mas que será indiscutivelmente difícil de dominar.
Outra vertente de ARMS passa pela necessidade de se jogar também muito com o tempo que cada acção demora a ser realizada, de forma semelhante ao que aconteceria num jogo de luta que se preze. Aliás, é claro desde cedo que a Nintendo quis fazer um jogo capaz de ser competitivo no seu próprio direito, independentemente das pré-convicções geradas pelo género em que se insere, semelhante ao que concretizaram com Splatoon.Para já, as primeiras impressões foram muito boas e as expectativas aumentaram exponencialmente. Para além de um grau avultado de estratégia, as personagens são distintas entre si, existem várias opções de personalização e os seus controlos por movimentos são surpreendentemente bons (não houve forma de testar outros controlos mais tradicionais). O seu grafismo é também muito apelativo e o seu desempenho constante a sessenta fotogramas por segundo apenas cimentam que a Nintendo pretende alcançar um público que iria ignorar este jogo baseado em impressões iniciais. Merece, no mínimo dos mínimos, uma tentativa por parte de todos os interessados na Switch.
Expectativa