
ANÁLISE
Final Fight
WII
VC
Por João Tavares a
Muita coisa boa trouxeram os anos 90: grunge para os adolescentes, Big Show Sic para o Zé Povinho, e para os jogadores um dos períodos mais inventivos dos videojogos, a muito saudosa era dos 16-bits. Deste caldo primitivo nasceram pesos pesados como Streets of Rage da Sega e o muito badalado Final Fight da Capcom, naquele que seria o primeiro passo de uma trilogia importantíssima para a época e tempos vindouros.
Se por um lado costumamos optar por três lutadores diferentes neste tipo de jogo (algo que veio a acontecer na sequela), Final Fight surgiu com duas escassas e desapontantes escolhas. Os jogadores estão assim limitados a jogar, ou com o brutamontes Haggar, ou com o "Morangos-com-Açúcar-Cody". Cada um tem o seu estilo de combate, tendo Haggar um tipo de atributos físicos que lhe permite pregar inimigos ao chão (não literalmente), enquanto Cody é o típico rapaz ágil que se desenrasca numa rua cheia de gente com mau aspecto. A quantidade de acções existentes é satisfatória e faz-nos pensar durante breves instantes na melhor maneira de acabar com um pobre coitado. Talvez lhe falte o espalhafato visual de um Golden Axe, ou as animações que nos deixam boquiabertos em Streets of Rage, mas não compromete, nem impede a diversão.

Finish him!!
Ao todo temos seis níveis para percorrer em scroll horizontal, eliminando vaga após vaga de inimigos até chegarmos ao boss. Final Fight é pouco ou nada amigo no que à dificuldade diz respeito, e os menos experientes nestas andanças poderão gastar as suas economias em novos comandos ou televisões, enquanto aqueles que gostam de bons desafios vão encontrar aqui um. Não só os rufias comuns possuem uma IA a roçar os patamares de Uma Mente Brilhante, como teremos ainda bosses que nos sugam a vida com meia dúzia de golpes certeiros. Este acaba por ser um daqueles jogos em que devemos aprender a sua manha, sabendo os locais do cenário em que temos vantagem clara. É algo complicado de explicar, mas passado algum tempo este sistema mecaniza-se na nossa cabeça. Além dos nossos próprios punhos, existem ainda armas espalhadas pelo chão para nosso deleite. Bastões, facas…, enfim, usem à vontade e sem discrição.
Talvez o maior defeito (a quem estamos enganar, um autêntico quebra-negócio!) seja a ausência de um modo multijogador. É inegável que qualquer beat’em up brilha quando jogado com companhia, e Final Fight não consegue apresentar esse argumento, ficando muito atrás da concorrência. Se no seu ano de lançamento outras escolhas faltavam, agora com o serviço da Consola Virtual da Wii a concorrência é outra. Encontram alternativas de peso e com esta funcionalidade pelo mesmo preço, com Final Fight a ter dificuldades em apresentar incentivos para quem tem pontos para investir.

Existem algumas fases de bónus onde podemos descarregar o stress.
Os visuais são limpos e detalhados, embora falte alguma irreverência e originalidade nos níveis, e a acompanhar esta prestação gráfica está uma banda sonora que também preenche os requisitos, embora nunca surpreenda. A variedade de inimigos é boa e ajuda a manter a experiência fresca até fim, com cada um a apresentar um desafio diferente, consoante as suas habilidades.
Se por um lado costumamos optar por três lutadores diferentes neste tipo de jogo (algo que veio a acontecer na sequela), Final Fight surgiu com duas escassas e desapontantes escolhas. Os jogadores estão assim limitados a jogar, ou com o brutamontes Haggar, ou com o "Morangos-com-Açúcar-Cody". Cada um tem o seu estilo de combate, tendo Haggar um tipo de atributos físicos que lhe permite pregar inimigos ao chão (não literalmente), enquanto Cody é o típico rapaz ágil que se desenrasca numa rua cheia de gente com mau aspecto. A quantidade de acções existentes é satisfatória e faz-nos pensar durante breves instantes na melhor maneira de acabar com um pobre coitado. Talvez lhe falte o espalhafato visual de um Golden Axe, ou as animações que nos deixam boquiabertos em Streets of Rage, mas não compromete, nem impede a diversão.

Finish him!!
Ao todo temos seis níveis para percorrer em scroll horizontal, eliminando vaga após vaga de inimigos até chegarmos ao boss. Final Fight é pouco ou nada amigo no que à dificuldade diz respeito, e os menos experientes nestas andanças poderão gastar as suas economias em novos comandos ou televisões, enquanto aqueles que gostam de bons desafios vão encontrar aqui um. Não só os rufias comuns possuem uma IA a roçar os patamares de Uma Mente Brilhante, como teremos ainda bosses que nos sugam a vida com meia dúzia de golpes certeiros. Este acaba por ser um daqueles jogos em que devemos aprender a sua manha, sabendo os locais do cenário em que temos vantagem clara. É algo complicado de explicar, mas passado algum tempo este sistema mecaniza-se na nossa cabeça. Além dos nossos próprios punhos, existem ainda armas espalhadas pelo chão para nosso deleite. Bastões, facas…, enfim, usem à vontade e sem discrição.
Talvez o maior defeito (a quem estamos enganar, um autêntico quebra-negócio!) seja a ausência de um modo multijogador. É inegável que qualquer beat’em up brilha quando jogado com companhia, e Final Fight não consegue apresentar esse argumento, ficando muito atrás da concorrência. Se no seu ano de lançamento outras escolhas faltavam, agora com o serviço da Consola Virtual da Wii a concorrência é outra. Encontram alternativas de peso e com esta funcionalidade pelo mesmo preço, com Final Fight a ter dificuldades em apresentar incentivos para quem tem pontos para investir.

Existem algumas fases de bónus onde podemos descarregar o stress.
Os visuais são limpos e detalhados, embora falte alguma irreverência e originalidade nos níveis, e a acompanhar esta prestação gráfica está uma banda sonora que também preenche os requisitos, embora nunca surpreenda. A variedade de inimigos é boa e ajuda a manter a experiência fresca até fim, com cada um a apresentar um desafio diferente, consoante as suas habilidades.
Conclusão
Este é mais um pedaço de história que preenche o livro de glórias da Capcom (de tal forma que Cody e Haggar surgiram mais tarde noutros jogos da produtora), e embora a sua qualidade fique a dever às duas sequelas que saíram posteriormente, os mais nostálgicos poderão achar-lhe piada. Aqueles que têm os seus pontos contadinhos e pretendem apenas o melhor dos melhores, não encontrarão em Final Fight a proposta à altura das suas exigências. Sem modo multijogador, a festa termina rapidamente, dando pouco pelo preço pedido.
O melhor
- Jogabilidade simples e divertida
- Boa variedade de inimigos e movimentos
O pior
- Apenas suporta um jogador
- Dificuldade alta poderá afugentar alguns