
ANÁLISE
Kingdom: New Lands
Em descoberta de novas terras.
Por André Reis a
Kingdom: New Lands é uma experiência peculiar. A sua estética apelativa 2D é inicialmente cativante mas após jogar, torna-se visível que apenas o aspecto visual do jogo tem capacidade para impressionar.
Kingdom encarrega o jogador de preservar a coroa após escapar do reino. O príncipe ou princesa que o jogador controla fica então encarregue de reconstruir o seu reino em terras desconhecidas. O único diálogo existente no jogo é inicialmente através de uma aparição do que se presume ser um antigo rei, que instrui como recrutar e construir edifícios. Terminada essa função, a aparição deixa o jogador a cargo do reino e cabe ao jogador recrutar habitantes e defender o reino recém-estabelecido contra forças que tentam impedir o seu desenvolvimento nestas novas terras.
Kingdom apresenta um esquema de controlos minimalista, consistindo em andar a pé e a cavalo e gastar dinheiro. O jogo é um simulador na veia de Sim City mas sem toda a complexidade inerente ao simulador urbano. Com recursos escassos e poucas indicações do que fazer além do início, cabe ao jogador explorar as primeiras horas e descobrir o que lhe espera no mundo. E aos poucos, o jogador começa a aperceber-se do quanto importante é manter o status quo da pequena aldeia.Gastar ou poupar torna-se um dilema a considerar quando é preciso defender o território e manter a população viva, ao mesmo tempo que construir quintas e caçar se torna tão importante para a sobrevivência como construir muralhas mais fortes. Embora o jogo tenha a mesma aparência durante várias sessões, nenhuma sessão decorre da mesma forma da anterior. Aos poucos aprende-se a optimizar os gastos, a defender e a recolher mais recursos de forma mais rápida e com maior eficiência. Eventualmente pode-se deixar a ilha inicial onde se começou e prosseguir para uma outra ilha mais longe, com condições diferentes e com alguns dos súbditos a acompanhar a viagem.
Este é o ciclo que Kingdom: New Lands mantém constante. Mas a sua simplicidade torna-se detrimental a longo prazo. Com controlo limitado sobre as unidades, é impossível comandar cavaleiros que estejam destacados do lado esquerdo do mapa, por exemplo, para proteger a muralha do lado direito. Notam-se também alguns problemas de desempenho em modo portátil, especialmente durante o Inverno, em que os efeitos de partículas são mais pronunciados no ecrã.
Conclusão
Em conclusão, Kingdom: New Lands é um jogo de complexidade estratégica disfarçado de jogo de aprendizagem simples. No entanto, a sua simplicidade e falta de controlo mais directo sobre as unidades torna-o um pouco aborrecido passado algumas horas para quem esteja à espera de uma experiência mais complexa ou com um enredo mais envolvente.
O melhor
- Graficamente impressionante
- Efeitos sonoros ajudam à imersão
O pior
- Demasiado simples
- Repetitivo após várias sessões
Nota: Esta análise foi efectuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Raw Fury.
30 de Setembro, 2017, 13:02
Agora...meeeh