
ANÁLISE
One Piece Unlimited Cruise 2: Awakening of a Hero
Por Ivan Lopes a
Luffy e a sua banda de piratas regressam até a Wii para completarem esta aventura que iniciaram em Junho com o jogo One Piece Unlimited Cruise 1: The Treasure Beneath the Waves, exclusivamente lançado para a Wii pela mão da Namco Bandai.
Este jogo é uma sequela directa da primeira aventura, e como tal, tem inicio no instante a seguir ao seu final. Logo ao iniciarem a partida, esta faz um pequeno resumo dos acontecimentos vividos em Unlimited Cruise 1. Em suma, um relembrar para aqueles que viveram essa história e uma boa ajuda para aqueles que se iniciam com esta sequela sem terem vivido o seu inicio.

O humor continuará presente nesta sequela.
A história inicial pela qual se baseia este Unlimited Cruise 2 teve inicio quando os nossos piratas navegavam pelo meio de uma tempestade, quando do nada, Gabri , uma estranha criatura que posteriormente fará parte do nosso bando de uma forma indirecta, ou seja, não jogavel, mas com um papel importante no desenrolar da aventura, aparece frente ao Luffy, seguindo-se uma misteriosa luz que promete dar-lhe tesouros com a condição dele explorar as ilhas que surgem ao seu redor.
Com o finalizar do primeiro jogo, a forma física de Gabri desaparece e novas ilhas aparecem no lugar das anteriores, e com elas, novos inimigos para derrotarmos.
Para aqueles que se iniciam neste jogo, a história que envolve One Piece Unlimited Cruise foi escrita pelo responsável do Manga e Anime de One Piece, Eiichiro Oda. Talvez devido a esse facto, vemos retratados no jogo todo o humor e todas as características que são verificadas na versão escrita e animada. Para além disso, todas as vozes originais, isto é, em japonês, estão presentes no jogo, o que é sem duvida alguma um mimo audível para aqueles que acompanham o Anime.

Fixar a câmara num inimigo é uma boa escolha em combates de um contra um.
O objectivo do jogo passa pela exploração de todas as ilhas, cada qual com uma temática diferente, e consequente eliminação dos chefes finais de cada uma, sendo que estes consistem em personagens que já fizeram a sua aparição ao longo da série de One Piece. Para tal, temos a nossa disposição todas as 9 personagens que compõe a tripulação de Luffy, desde o Zoro passando pelo Franky e acabando no hilariante Brook. Cada uma delas tem as suas próprias características, sendo essencial saber qual escolher na hora de combater. Contudo, podemos alterar de personagem em qualquer momento do jogo.
De assinalar que quanto mais utilizarmos determinado movimento do nosso personagem, novos movimentos são acrescentados a lista, sendo que estes variam em relação aos anteriores e, principalmente, são bem mais poderosos. A realização dos golpes são de extrema facilidade, como o apertar do botão “A” uma, duas ou três vezes consecutivas, ou simplesmente abanando o Wiimote. Existe ainda a possibilidade de executarmos ataques entre duas personagens, mas para tal, será necessário ter o equipamento e quantidade necessária de SP, sendo esta última uma barra que nos permite utilizar movimentos especiais.
Existe ainda a possibilidade de focarmos a câmara numa determinada personagem e, dessa forma, andarmos em volta do inimigo em questão sem que fuja do nosso campo de visão. Contudo, em combates contra inúmeros inimigos esta técnica poderá não ser a melhor opção, visto que enquanto nos focamos num, outros andarão a nossa volta com o intuito de nos atacar sem que possamos fazer nada.

Aprender novos movimentos será essencial.
Além da referida parte de exploração e de combate, One Piece Unlimited Cruise é caracterizado também pela componente de coleccionismo. E este aspecto é deveras importante para podermos avançar ao longo da história. Estes objectos de coleccionismo podem ser divididos em dois grupos diferentes. Por um lado, temos o factor coleccionador que engloba os animais, insectos ou espécies marinhas que vamos apanhando ou caçando pelas respectivas ilhas. Mas por outro lado, e os mais importantes, temos os objectos frequentes nas ilhas como as flores, árvores, frutos, rochas, entre muitas outras coisas que são perfeitamente destrutíveis, deixando consigo objectos para apanharmos, como por exemplo, frutos após abanarmos uma árvore ou fragmentos de rochas ao destruirmos uma rocha.
Para destruir determinados objectos será necessário possuirmos o instrumento ideal para essa tarefa. No caso de uma rocha precisaremos de uma picareta, no caso de um bambu um objecto cortante como a espada do Zoro ou do Brook, e por aí fora.
Estes serão a principal razão pela qual teremos de visitar diversas vezes as ilhas, não apenas por serem os responsáveis pelo desbloqueio de passagens obstruídas (na conversão para Gabri Points), ora por uma rocha, ou pela falta de uma ponte ou uma escada, mas também pela criação de diversos pratos culinários (Sanji), poções de vida (Chopper) ou até mesmo novas invenções (Usopp) como a cana de pesca, aspiradora ou novas armas para os nossos personagens.
É grande, mas o suficiente para meter medo ao Luffy?
Em termos visuais o jogo não difere em relação ao seu antecessor, revelando dessa forma cenários bastante grandes com um nível de detalhe bastante apresentável, apesar de não usufruírem demasiado do hardware da consola. Já os personagens são apresentados com um modelado e expressões bastante satisfatórias. E já que falamos no modelo das personagens, estas vestem roupas totalmente diferentes das vistas na série animada, contudo, as roupas originais podem ser desbloqueadas ao longo da aventura.
Sonoramente o jogo apresenta melodias que se adequam ao ambiente que cada ilha pretende retratar, pelo que não desilude neste capítulo. Existe ainda o factor das vozes originais estarem presentes, que pode ser visto pelos seguidores da série como um mimo, mas pode não agradar aos não seguidores do áudio japonês.
Não menos importante, é que os possuidores de Unlimited Cruise 1 poderão transladar o seu ficheiro de Guardado para Unlimited Cruise 2 e, dessa forma, continuar a aventura com os seus objectos e todos os movimentos especiais já ganhos pelas personagens no jogo anterior.
Unlimited Cruise 2 conta também com o modo “Vs. Mode” para além da Aventura propriamente dita. Neste modo encontraremos as opções “Team Battle” e “Survival” que deverão ser desbloqueados com o avançar no modo Aventura. O primeiro poderá ser jogado contra um amigo ou contra o CPU, sendo focado em combates de um contra um na qual teremos a nossa disposição diversas personagens do universo One Piece que iremos desbloqueando ao longo do modo Aventura, e cada uma delas é apresentada com um ranking de poder que vai do 1 até o 5, sendo o 1 o mais baixo e o 5 o mais alto. Basicamente teremos de eleger uma equipa que não ultrapasse um ranking de poder conjunto de nível 10.
No “Survival” teremos de eleger uma personagem e medir forças contra a marinha e outros piratas num cenário repleto de inimigos, tudo no menor tempo possível.
Conclusão
Unlimited Cruise 1 e Unlimited Cruise 2 são como um jogo dividido em duas partes, cuja essência é basicamente a mesma, explorar ilhas, derrotar os seus inimigos e coleccionar itens. Basicamente o que muda de um jogo para outro são os seus cenários. Se jogou Unlimited Cruise 1 e adorou, então certamente irá divertir-se com a sua sequela. Se o primeiro jogo não lhe agradou então fique longe deste jogo.
Por outro lado, se nunca jogou Unlimited Cruise 1, terá em Unlimited Cruise 2 uma boa aventura com bastante acção e exploração. Isso sim, se não gosta de jogos com um aspecto cartoon e não lhe agrada ouvir japonês, então este jogo poderá não ser para si.
O melhor
- Humor
- Diversão proporcionada
- Contém as vozes originais
O pior
- ...que podem não agradar aos seguidores do japonês
- Câmara por vezes confusa
- Direccionado, mais que tudo, aos fãs da série